17/01/2016 - SETOR TERCIÁRIO EM FORTE DECLIVE
Até agora ainda é muito cedo para
conhecer a queda do PIB em 2015. Cedo porque as tabulações do IBGE somente
ficam prontas, de dois a três meses do encerramento do exercício. Ele ainda
está fechando novembro. É mais provável que os resultados fiquem conhecidos na
primeira quinzena de março. O consenso do mercado financeiro é que fique por
volta de - 4% a queda do PIB. Se for maior do que 4,35% ultrapassará a taxa do
choque de 1990, do Plano Collor. Já em 1991, a economia brasileira cresceu
1,03%, enquanto caiu em 1991, - 0,51%. Mas, cresceu muito bem em 1993, de
4,92%. Cresceu mais ainda, em 5,85%, após o advento do Plano Real, quando se
cumpriria todo o mandato que seria de Collor. Diz-se que Collor fez a maldade
de uma só vez, inspirado em Maquiavel, no seu livro “O Príncipe”, mas não teve
condições de fazer o bem aos pouquinhos. No governo de Dilma, ela está fazendo
o inverso: o mal aos pouquinhos, mas não estando garantido o bem. Assim, se
durante cinco anos a taxa média de crescimento da economia no seu governo foi
em média de 1%. Nestes 2015, caiu cerca de - 4%; para 2016, já se espera – 3%;
para 2017, crescimento por volta de 1%; para 2018, incremento por volta de 2%.
A história desta década ficará registrada como uma década ruim para a economia.
Talvez, a década do espanto. Os primeiros números são muito ruins para o PIB. A
propósito, o PIB se compõe de três setores: Agropecuário, aproximando-se de
33%; Industrial, reduzindo-se para 10%; Serviços (que inclui o Comércio), indo
para 57% do PIB. Os cálculos do IBGE promovem as devidas ponderações, de acordo
com a contribuição de cada segmento produtivo.
As prévias de mercado para a
Agropecuária são de pequeno decremento, entre – 2% a – 3%. Já para a Indústria
é de – 7%. Serviços não se ainda uma prévia, já que é o maior e mais difícil de
ponderações. O preocupante é que a média da redução do Comércio no País foi de
– 7,8%, em 2015. Mas, há Estados, como a Bahia, onde o segmento de serviços amargou,
em novembro passado a 11ª queda consecutiva, segundo levantamento do IBGE. As
vendas em novembro recuaram 12,2%, em relação a igual mês de 2014, segundo a
Pesquisa Mensal do Comércio, divulgado pelo IBGE. Por seu turno, o fluxo de
visitantes nos grandes centros de compras brasileiros caiu - 4,07% em dezembro,
em comparação com o mesmo mês de 2014, nos 538 shoppings centers, que, juntos,
tem mais de cem mil lojas. Considerando dezembro de 2014 a novembro de 2015, o
IBGE divulgou ontem que o setor de Serviços recuou – 6,3%, sendo a maior queda
em quatro anos, data em que a série começou a ser divulgada.
Comentários
Postar um comentário