01/01/2016 - COMO MEDIR O RETROCESSO?




Há nove anos que diariamente é feita aqui uma lauda sobre a economia brasileira. A deste primeiro dia do ano é a respeito da análise também de uma página do economista Mailson da Nóbrega, intitulado “Há esperança”, na revista Veja. Assim, ele se refere a que “a política econômica do PT, agravada no período da presidente Dilma Rousseff com a desastrosa Nova Matriz Econômica e suas calamitosas intervenções na economia, nos fez retroceder no tempo. Voltamos até 65 anos. A queda de produtividade nos legará anos de recessão e baixo crescimento até que reformas nos possibilitem avançar outra vez”. (De onde ele retirou 65 anos?). Continuando, “O Brasil tem emergido melhor de suas grandes crises. Avanços antes impensáveis se materializaram sob o impulso de ideias inovadoras. Crises induzem a formação de consensos em prol de reformas. Duas referências notáveis são os governos Castelo Branco (1964-1967) e Fernando Henrique (1995-2003)”. Em primeiro lugar, o governo da presidente Dilma cresceu, em média, cerca de 1% ao ano, em cinco anos. Em segundo, se neste ano se confirmar – 3,7%, assim como - 2,8% do estimado para 2016, ter-se-ia um recuo de aproximadamente 7%. Em terceiro, os governos do PT fecharam 13 anos, dos quais o presidente Lula conseguiu um crescimento médio de 4% ao ano, de 2003 a 2010. A economia brasileira era a sexta mundial, em 2011. Talvez hoje seja a oitava, visto que o cálculo do PIB é feito em reais, mas convertidos em dólares, assim como a Índia cresceu enormemente em 2015, podendo ter ultrapassado o Brasil. Portanto, 65 anos de atraso é muito exagero. Aliás, Mailson da Nóbrega foi Ministro da Fazenda de meados de 1987 a março de 1990, tendo feito uma das mais desastradas gestões, mediante uma hiperinflação, entregando a Fernando Collor o País, com a maior inflação mensal da história, de 84%, em março de 1990.

Sem dúvida, o Brasil terá de atingir o fundo do poço e retomar o crescimento econômico. A questão é de quando? A esperança é de que seja o mais rápido possível. Sem dúvida, terão que ser feitas reformas estruturais. A esperança mesmo é de que seja feita com atual gestão da presidente Dilma, com menos traumas possíveis. Uma nova eleição está praticamente afastada, bem como um processo de impeachment, estando o País a conviver com a presidente Dilma até 2018.

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