26/01/2016 - DÓLAR TENDE A VALORIZAR-SE MAIS
Neste ano, o
dólar tende a valorizar-se mais, em frente às moedas de países desenvolvidos e
dos emergentes. Mediante apreciação do dólar, a inflação deverá aumentar na
maioria dos países do globo. O banco Credit Suisse calculou um incremento
inflacionário de 0,3% de 2015 e projetou 1,2% de aumento para 2016. No caso dos
países emergentes, o cálculo de 2015 foi de incremento de 6,7% de extrapolou
7,3% para 2016. Dessa forma, a projeção incremental média dos países como um
todo em 2015 alcançou 2,8% e em 2016 poderá ser de 3,6%. O principal motivo
apontado pelo referido banco é de que a economia americana cresce com mais
força. O dólar apreciado encarece muito os insumos importados, pressionando os
custos de produção, podendo as empresas repassá-los para os consumidores. Outro
motivo de aceleração inflacionária é o fato de que os preços das commodities já
bateram os seus pisos. Nos últimos quatro anos, os preços delas caíram cerca de
60%, em média mundial.
No primeiro ano
do segundo mandato da presidente Dilma, o dólar subiu cerca de 50%. Avaliava-se
que a inflação ficaria dentro do teto da meta de 6,5% e ela atingiu 10,7%. Claro,
fortemente influenciada pela inflação importada, que impactou em 30% o Índice
de Preços ao Consumidor no Atacado (IPCA), que é a inflação oficial. Para este
ano, repete-se o teto da meta, mas as projeções dos 100 analistas consultados
semanalmente pelo Banco Central são de que a inflação brasileira em 2016 terá
tendência contrária à mundial. No entanto, estará por volta de 7%. Portanto,
aqui no Brasil é provável que ela vá cair bastante, visto que os ajustes dos
preços administrados pelo governo já foram praticamente efetuados em 2015. Sem
tal expectativa é bem possível que a inflação convirja para o teto da meta.
Porém, ela continuará ainda acima do centro desejável de 4,5%, que é o
desejável para o PIB crescer acima de 3% ao ano, tal como ocorreu nos oitos
anos do ex-presidente Lula, média anual de 4%.
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