11/01/2016 - INFLAÇÃO DE PREÇOS ADMINISTRADOS




Os preços administrados pelo governo são aqueles fixados para as estatais. Elas estão basicamente na infraestrutura. Portanto, produzem bens intermediários, que vão compor outros bens e serviços. Na verdade, a imensa maioria deles, contém energia elétrica, derivados do petróleo, água, precisando também de estradas, aeroportos, portos, dentre muitos outros intermediários. A política econômica do primeiro mandato da presidente Dilma conteve os preços administrados, soltando-os no primeiro ano do segundo mandato. Como resultado final a inflação saltou de 6,4% ara 10,7%. O que é pior saiu da casa de um dígito para a de dois dígitos. É senso comum que um dígito é admissível ou aceitável. Vale dizer, estabilidade econômica. Quando o número é bem pequeno, até é salutar, visto que provoca o desentesouramento. Através do Plano Real, a partir de 1994, o País caminhou praticamente com inflação de um dígito. Na verdade, sendo o dobro da taxa dos países desenvolvidos. Lá, as taxas flutuam de zero a 3%, o que é bom para o dinheiro ser depositado no banco em conta remunerada. Por aqui, na maioria dos anos a taxa ficou flutuando perto dos 6%. Chegou ao mínimo de 3,14%, em 2006, quando o País desancou a crescer acima de 5% até atingir 7,6%, em 2010. Logo, baixa inflação, alto crescimento. Alta inflação, baixo crescimento ou recessão.

 O fato é que a alta dos preços é a maior em 13 anos. Em síntese, os reajustes em energia elétrica e combustíveis representaram 24% do aumento da inflação oficial de 10,67%. As tarifas determinadas pelo governo terminaram o ano com uma elevação média de 18%, acabando ditando o ritmo de inflação ao longo do exercício que se findou. Como reflexos, diversos itens foram acelerando mês a mês, tendo 160 itens chegados a dezembro com elevações superiores a 10%, equivalentes a 43% do IPCA, que pesquisou 373 produtos. Relembre-se que o IPCA já pesquisou mais de 460 produtos.

 E ano atípico, outro grande indicador calculado pelo IBGE, nas seis maiores regiões metropolitanas, denominado por Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) alcançou 11,28% de processo inflacionário em 2015.

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