02/01/2016 - DIVERGÊNCIAS NA EQUIPE ECONÔMICA




O Conselho Monetário Nacional é o órgão máximo de política econômica, fixando anualmente a meta da inflação e definindo demais diretrizes. Composto pelo presidente, Ministro da Fazenda, e dois diretores, o Ministro do Planejamento e o presidente do Banco Central. A presidente da República, embora não participe das reuniões, muitas vezes toma decisões, conforme o seu entendimento. Devido ao fato de ter errado bastante, desorganizando as contas nacionais, resolveu fazer um ajuste fiscal, a partir de 2015, que não era bem a sua vontade, mas uma exigência dos mercados, contra o núcleo duro do PT, colocando um estranho no ninho, Joaquim Levy, no Ministério da Fazenda. Este não durou um ano, sendo substituído pelo Ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, pressionado pela base aliada do governo a liberar crédito e incentivar o crescimento econômico. Porém, ele começou 2016 batendo de frente com o presidente do BC, Alexandre Tombini, que pretende elevar as taxas de juros, para combater a inflação, isto já na reunião de 19 e 20 deste mês. Se a SELIC subir agora irá de encontro pretensões de retomar o crescimento. Elevar os juros encarece mais ainda a dívida pública e pode aprofundar a recessão.

É preciso encontrar uma forma de controlar a inflação e de trazê-la para o centro da meta. Neste novo cenário, algo criativo, sensato. O melhor até agora para domá-la foi o Plano Real, em 1994. Porém, ele foi um processo em que as forças produtivas concordaram com o fim da hiperinflação e de convivência fraterna com um processo inflacionário de menos de dois dígitos. A ortodoxia é um remédio amargo via juros. Um pacto social é o único que poderá dar os melhores resultados.

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