30/12/2015 - PENÚLTIMAS PREVISÕES ECONÔMICAS DO ANO
A pesquisa mais esperada, do
mundo econômico, é a divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), após
auscultar 100 analistas de instituições financeiras credenciadas. São
basicamente três previsões: a do PIB, a da inflação oficial (pelo IPCA) e a da
taxa básica de juros (a SELIC), relativas ao ano em curso e ao próximo ano.
Nesta última previsão de 2015 e a de 2016, que começará. Portanto, é a previsão
da espécie do BC, de tempo mais curto. A estimativa do PIB se manteve em – 3,7%
para 2015; - 2,81% para 2016. Dois anos consecutivos de recessão.
Geometricamente, 7% de recuo. A última vez que houve isto foi em plena Grande
Depressão, 1930-1931. Portanto, os números das expectativas são muito sombrios.
Como, por exemplo, do comportamento dos cidadãos com a chamada “depressão
brasileira” instalada, aconteceu no dia 27, passado, em Salvador, Bahia,
quando, devido a falsa mensagem de emprego, uma fila de cinco mil pessoas,
começou a se formar, no domingo, no Sistema Nacional de Emprego da Bahia,
interessadas em uma das 150 vagas de agente de segurança do metrô, mais de 33
candidatos por vaga. Sem dúvida, o desemprego crescente, infunde medo nos
cidadãos, sendo o que mais acontece em recessão. A estimativa da inflação, para
este ano é de 10,7%, a maior em treze anos. Para 2016, a previsão de IPCA é de
6,86%. Tanto neste, como no ano vindouro, as expectativas estão acima do teto
da meta do sistema de metas da inflação, adotado desde 1999. Já a expectativa
para a taxa básica de juros deste ano é de manutenção dos 14,25%. No entanto,
para dezembro de 2016 é de subir, até 15,25%. A esse respeito, o presidente do
PT, Ruy Falcão, juntamente com o apoio do ex-presidente Lula, o MST, a CUT,
entre outros coligados, defendeu ontem a queda da taxa SELIC e a volta de
estímulos aos investimentos. A presidente Dilma não gostou, afirmando que “não
haverá guinada à esquerda”, justamente ela, que, no biênio 2012/2013, forçou a
queda da taxa SELIC em 5%, o que não agradou, pelo seu grau de intervenção as
forças capitalistas. Agora, ela faz o contrário, apoiando elevação da SELIC
para combater a inflação. Este comportamento contraditório e de força de
vontade pessoal não tem gerado confiança dos investidores e dos consumidores. A
economia continua mergulhada em recessão.
Às vésperas do final do ano, já é
possível que a balança comercial com o exterior possa mostrar um grande
superávit, estimado em US$19 bilhões. Notícia boa para fechar contas externas,
cobrindo parte do déficit de cerca de US$75 bilhões da balança de serviços
internacionais, cuja diferença terá que ser captado ou usado de reservas. Por
outro lado, um mau resultado foi divulgado que se repetirá o déficit primário
neste exercício, podendo ultrapassar o aprovado pelo Congresso, próximo de
R$120 bilhões, na medida em que o governo quer cobrir as “pedaladas” fiscais.
Isto por que se pretende evitar as motivações para o impeachment das pedaladas,
do período de 2011 a 2014.
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