03/12/2015 - TÁBUA DA MORTALIDADE E PIB




O IBGE, sempre ele, produz os retratos fundamentais da economia brasileira. Dentre outras estatísticas, calcula a expectativa de vida do brasileiro. Assim, a nova tábua de mortalidade, a vigorar desde 01 de dezembro de 2015, até 30 de novembro de 2016, objetiva servir à Previdência Social, para cálculo do fator previdenciário, fórmula determinante do valor da aposentadoria proporcional por tempo de serviço. Pela referida tábua a expectativa de vida subiu de 74,9 para 75,2 anos, sendo a esperança das mulheres de viver 78,8 anos e dos homens de 71,6 anos. A alta da esperança de vida reduz a aposentadoria de quem se aposentar por tempo de serviço, no caso de 30 anos para a mulher e de 35 anos para o homem. A sistemática por idade mais tempo de serviço obedece a formula 85/95. A regra dela nada tem a ver com o fator previdenciário. É outra forma. Ou seja, as mulheres poderão se aposentar quando a soma da idade mais o tempo de contribuição atingir 85 pontos, isto é, 55 anos de idade, mais 30 anos de contribuição. Os homens, ao atingir 95 pontos. Isto é, 57 anos de idade, mais 38 de contribuição. Mesmo assim, o déficit previdenciário estimado para 2015 é de R$100 bilhões. Por oportuno, o Congresso derrubou o veto presidencial à medida que aumenta o limite de 70 para 75 anos da aposentadoria compulsória no serviço publico. A medida havia sido aprovada pelo Congresso e vetada pela presidente da República. Por seu turno, poderá amenizar o referido déficit da previdência. Na verdade, o déficit mesmo só cairá ou desaparecerá quando se elevar a aposentadoria por idade para o mínimo de 70 anos.

A respeito do PIB este vai de encontro à tábua da mortalidade, em que os brasileiros vivem mais e o PIB recua, vive menos. No primeiro trimestre deste ano recuou - 0,8%; no segundo trimestre, - 2,1%; no terceiro, - 1,7%. A retração no ano já é de - 3,2%. Maior do que a de 12 meses, de – 2,5%. As projeções de mercado são de PIB se encerrar em – 3,7%. O Brasil já encolheu muito e não há horizonte de melhora no longo prazo. Os projetistas se referem a mais dois trimestres de recessão, dois a três trimestres de estagnação. Ou seja, dois anos consecutivos de recessão, coisa que não acontecia no País desde 1930. Somente em 2017 é que o Brasil poderá voltar a crescer, segundo economistas bem referidos.

Considerando este terceiro trimestre, o setor agropecuário se mostrou – 2,4%; o setor de comércio e serviços, de - 2,4%; o setor industrial de – 1,3%. Ainda não se chegou ao fundo do poço, bastando ver-se que o investimento total caiu pelo nono trimestre consecutivo. Sem dúvida, investimento em queda, PIB em baixa. A correlação é diretamente definida.

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