27/12/2015 - CONTRATADOS PARA 2016




O maior contrato será logo em janeiro. A elevação do salário mínimo, que terá ganho real, conforme vem obtendo, desde a implantação do Plano Real, em 1994. O seu valor real já ultrapassou incrementos superiores a 150%. A previsão é de um reajuste de 11%. Este se propagará para a inflação. As expectativas do mercado financeiro são de que a inflação ultrapassará 7%, em 2016. A área dos vilões inflacionários se efetivará na educação, alimentação, energia, combustíveis e demais serviços. 

Antes de 1994, a inflação era dada por inércia. Ficou esquecida por 20 anos, já que a inflação projetada era de perspectivas. Agora, a inflação voltou a ser inercial. Para o seu combate, o Banco Central continuará movendo ou não a taxa básica de juros. A dívida pública, superior a R%2,7 trilhões, renderá cerca de R$500 bilhões de juros. Terá que serem pagos ou rolados. A situação será ainda mais difícil, porque o Brasil perdeu o selo de bom pagador.

O rumo de 2016 ainda será de ajuste fiscal. Para isso o governo federal conta com elevação de impostos e a recriação da CPMF. O Congresso não facilitará a equipe econômica. A atual gestão do País tem sido tão lenta que, até projetos de lei importantes aguardam a sanção presidencial. Ou seja, o PLC 186/2005, referente à repatriação de recursos, estimados de R$20 bilhões, mais R$7,7 bilhões de criação de impostos. A PEC 140, da recriação da CPMF prevê ingressos em 2015, a partir de setembro, de R$10 bilhões. Está também na espera de votação da Câmara a MP 692 sobre imposto de renda sobre ganhos de capital, avaliados em R$2 bilhões. O fato é que, dentro do quadro de geração de mais tributos, fica improvável o retorno ao crescimento econômico em 2016.

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