19/12/2015 - EMPREGO FORMAL E INFORMAL




O Cadastro de Empregados e Desempregados (CAGED), criado em 1992, é uma obrigação mensal das empresas, a ser prestada ao Ministério do Trabalho. Este consolida e divulga o emprego formal no Brasil. No mês de novembro houve uma redução de 130.629 vagas, computadas admissões menos demissões, sendo o oitavo mês de elevação do desemprego com carteira profissional. Nos doze meses, de dezembro de 2014 a novembro de 2015, as demissões superaram as admissões em mais de 1,5 milhão. É o pior resultado em 23 anos, já que de janeiro a novembro foram fechados 945.636 postos de trabalho. Existem no Brasil cerca de 9 milhões de pessoas em desemprego aberto. Considerando que a população economicamente ativa no Brasil esteja perto de 100 milhões, visto que 8,9% foi a taxa divulgada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua, do trimestre julho a setembro. Os 9 milhões é uma estimativa de que o desemprego ainda cresce no País. A recessão ainda continua. Não há notícias de que se atingiu o fundo do poço.

O desemprego informal ou subemprego é calculado como 40% da população economicamente ativa. Ou seja, perto de 40 milhões de brasileiros vivem de “bico”. Muitos são “autônomos”, não possuem carteira de trabalho assinada e na marginalidade. Marginalidade aqui significa na margem da economia formal.

Olhando os setores produtivos, é a indústria que está regredindo mais rapidamente. Todo o esforço consolidado no século passado para o Brasil ter uma indústria forte está se esvaindo. Em 1956, data do Plano de Metas, a indústria correspondia a 16% do PIB. Em 1985, atingiu o seu ápice, alcançando 25% do PIB. Principalmente neste século, perdeu mais rapidamente posições no produto, em destaque negativo no governo da presidente Dilma. Hoje, a indústria corresponde a 10,9% do PIB, menos do que em 1950, quando era de 11,5% do PIB. A política econômica da presidente Dilma Rousseff é uma máquina de retrocesso, trazendo de volta o pior em economia, inflação e recessão. Em outras palavras, desemprego e carestia.

Ontem mudou o Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, pelo seu colega do Ministério do Planejamento, Nelson Barbosa. Saiu “mãos de tesoura” e ascendeu ao posto o “gastador”, aquele que defendeu superávit primário zero. Não se sabe se irá mudar. Mas, a incredibilidade continua, visto quer ele já vem na equipe econômica desde a era de Lula.

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