26/12/2015 - RECESSÃO ESTIMADA EM R$240 BILHÕES
Os cem analistas do mercado
financeiro, consultados semanalmente pelo Banco Central, projetaram nesta
semana, um PIB de – 3,7%, um decremento equivalente a R$240 bilhões. Se
considerada a população brasileira de 204 milhões, a cada brasileiro
corresponderia R$1.176,47. Como a família tem cerca de três dependentes, o
valor de vezes 4 seria de R$4.705,88, umas estimativa de quanto um cabeça do
casal assumiria de retração em sua renda. O PIB calculado pelo IBGE, ajustado
de R$5.690 trilhões, em 2014. Daria um PIB per capita de R$27.892,16. Dividido
por 13 salários, seria de R$2.145,55. Recuando o PIB de 2015 para R$5,479
trilhões. Dividido por 206 milhões de cidadãos seria a renda anual de
R$26.600,00. Dividido por 13 vencimentos seria de R$2.046,15. A quem pensar que
cerca de R$2 mil não seria tão ruim. Ocorre que a renda não igualmente
distribuída. Os mais de 200 milhões são detentores de renda do trabalho e renda
do capital. Os analistas referidos estimaram ainda que o PIB de 2016 de – 2,8%.
Ou seja, dois anos consecutivos, recessivos, como não aconteciam desde
1930-1931, será de um recuo de aproximadamente 7%. Fora das projeções dos
credenciados analistas financeiros, há quem projete mais de 10% de calamidade
na economia brasileira, se não for mudada a política econômica.
Vendo somente o quadro das grandes
empreiteiras, envolvidas nas investigações da Polícia Federal, na operação
Lava-Jato, as suas receitas recuaram 64%, de 2015 para 2014. Vendo o desempenho
do Ministro do Planejamento, atual da Fazenda, Nelson Barbosa, os cortes dos
gastos públicos aconteceram em somente 4,2% do orçamento. Além do mais, a
arrecadação de tributos recuou muito mais do que os cortes de gastos
governamentais. Acresça-se a isso, que o Brasil perdeu o selo de confiança dos
empresários internacionais, o que será muito difícil se recuperar a economia em
2016.
Dessa forma, presume-se que a
reunião da equipe econômica, já convocada, pelo Ministro da Casa Civil, Jacques
Wagner, deverá examinar um pacote econômico, para atrair investimentos. Consta
que deverá ser feita uma reforma na previdência social, visando elevar a idade
mínima de aposentadoria; simplificação tributária; livre negociação nas
questões trabalhistas; aumento das parcerias público-privadas; recriação da
CPMF; ampliação do crédito em geral, de médio e longo prazo; maior abertura
para o comércio internacional; ampliação de acordos de leniência com as grandes
empreiteiras, para que elas voltem a fazer obras públicas. Quem viver verá.
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