28/12/2015 - CINCO ANOS DE INDICADORES DETERIORADOS
No início deste ano o governo
federal afirmou que iria ter superávit primário de R$66 bilhões. Mas, fechará o
ano com déficit primário de R$120 bilhões, correspondentes a – 1,6% do PIB. Em
2010, houve uma economia de 1,8% do PIB para pagar juros. Como se repetiu em
2015, déficit primário, pelo segundo ano consecutivo, isto foi decisivo para a
retirada do grau de investimento pela Standard & Poor’s, em setembro e pela
Fitch Ratings, em dezembro. Gastar mais do que arrecada é um sério problema,
visto que gasta mal. O reflexo é a queda vertiginosa do PIB, neste exercício,
estimada pelo próprio governo em – 3,7%, quando em 2010, o PIB cresceu 7,6%.
Assim, a dívida pública bruta saiu de 51,8%, em 2010, para 65,7%, em 2015. Em
seguida, o descontrole dos gastos pressionou bastante a demanda agregada,
passando a inflação de 5,9%, em 2010, para 10,7%, em 2015. Ademais, houve
grande afetação das expectativas do setor privado. Por exemplo, em 2010, o
Índice de Confiança da Indústria era de 113,5 pontos, passando para 76,7 pontos
em 2015.
Em suma, a economia brasileira
encolheu e tornou grande parte da população infeliz devido aos fatos de que se
tem inflação de dois dígitos, grande recuo do PIB e desemprego elevado, já se
avizinhando de 10%, dólar por volta de R$4,00 e bolsa de valores em forte queda
anual. É necessário retomar o crescimento, estimulando investimentos privados.
Porém, este primeiro ano do segundo mandato da presidente Dilma foi visto com
desconfiança. Fracassou na execução de estabilizar as finanças públicas. As
investigações da operação Lava-Jato ainda não terminaram. Fase a fase tem
crescido e paralisa um grande número de obras públicas.
Paira na sociedade brasileira a
esperança de que a nova equipe econômica não continue cometendo os erros.
Aprenda com eles.
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