17/12/2015 - PERDA DO GRAU DE INVESTIMENTO 2 VEZES
Aconteceu ontem o pior dia do
governo da presidente Dilma, iniciado em 01-01-2011, neste primeiro ano do
segundo mandato. Duas agências de risco colocaram o Brasil sem selo de
qualidade, para obtenção do grau de investimentos. Antes, recorde-se que
durante 2014/2015, a equipe econômica do segundo mandato da presidente Dilma,
está demonstrando incompetência, tanto na visão interna como no exterior, no
trato da coisa pública. Dois anos consecutivos de déficits primários, já
praticamente reconhecidos pela gestão federal, depois de 18 anos de superávit
fiscal. Vale dizer, a economia está em forte recessão, os indicadores
macroeconômicos recuaram, mas, os gastos públicos não acompanharam e continuam
altos. Começou-se a semana, a presidente propondo ao Congresso que aprove o
orçamento fiscal de 2016, não mais com superávit de 0,7% do PIB, mas de 0,5%,
ou seja, R$30,5 bilhões, mas com a possibilidade de chegar a zero. A proposta
apresentada é de emenda à lei orçamentária complementar. A justificativa do
governo é de que não quer cortar um tostão do Programa Bolsa Família. Com isso,
enfraquece o Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que teria dito que há espaço para
cortar no orçamento em outro item sem atingir o citado Programa. É bom lembrar
que o superávit fiscal é a economia para pagar parte dos juros da dívida
pública. Para este ano calculada em mais de R$400 bilhões. Por seu turno, esta
proposta de 0,5% ou nada de superávit, vem da cabeça com o Ministro do
Planejamento, Nelson Barbosa, que mostra divergência dentro da equipe econômica.
Este não quer nem pagar pequena parcela de juros. O Congresso ontem aprovou os
0,5%, mas, não o nada. A economia cai em parafuso.
Face ao exposto, a agência de
risco Fitch, uma das três maiores do mundo, retirou o selo de bom pagador do
Brasil, não aprovando o esconderijo da incompetência no orçamento, de não demonstrar
possuir uma boa peça fiscal para 2016. Ela colocou o Brasil como país onde o
investimento é feito em ambiente especulativo. Argumentou que o Brasil reflete
uma recessão profunda, desequilíbrio de contas públicas, sem perspectivas de
melhorias, além da presidente da República estar sendo alvo de impeachment.
Anteriormente, a maior agência mundial de risco, a Standard & Poor’s, já
tinha colocado o País como de grau especulativo. A terceira agência, a Moody’s,
na semana passada, tinha sinalizado com o País em situação de rebaixamento,
para grau de especulação. A incredibilidade internacional reduz fluxo de
capitais para o Brasil, eleva a taxa de juros e dificulta o fechamento do
balanço de pagamentos. Isto posto, a recessão do próximo ano vem se afigurando
como pior do que a deste ano. Será? Os estatísticos oficiais ainda não indicam
isto. Vale dizer, as previsões semanais de auscultar 100 instituições
financeiras toda semana pelo Banco Central.
Fala-se que o Ministro da
Fazenda, Joaquim Levy já apresentou a carta de renúncia e que a presidente
pediu para ele ficar até o final do ano. Titubeando como sempre, a presidente
está se perdendo cada vez mais.
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