29/09/2015 - EVOLUÇÃO DA DÍVIDA PÚBLICA
Fala-se que o maior problema
brasileiro é a deficiente educação, visto que um cidadão que não consegue
interpretar os escritos, verbalizar e entender prospectos, possui certamente
baixa produtividade. Mas, o que vem antes? É a falta de dinheiro. Falta
dinheiro para educação, saúde, saneamento, transportes, energia, dentre outras
áreas, isto por conta de que cerca da metade da arrecadação anual poderia estar
comprometida para pagar os juros da dívida pública e parte do principal. Mas, a
antiga prática, desde a independência de 1822, não é pagar nem os juros
completos, rolando parte deles e todo o principal vencido. O grosso da
arrecadação se destina a alimentar uma grandiosa máquina pública. No ano de
2014, depois de 18 anos, houve déficit primário, não sendo feita a economia
para pagar os juros da dívida brasileira. Assim, a dívida pública bruta passou
de 53% em 2010, para 63% em 2014. Agora, em agosto, o governo enviou orçamento
fiscal para 2016 com déficit. Foi a gota d’água para que a maior agência de
risco do mundo, a Standard & Poor’s, rebaixasse a nota brasileira de
merecedor de investimentos, para país que tem grau especulativo para inversões.
A gravidade da situação brasileira é que a máquina pública é imensa e consome
atualmente mais do que arrecada. Portanto, a dívida somente tende a crescer.
Além do mais, para combater a elevada taxa inflacionária, os juros subiram
bastante e estão em 14,25%, os juros básicos. Para fins comparativos, os juros
básicos dos Estados Unidos estão em 0,5% ao ano.
No quadro abaixo, tem-se a
evolução da dívida pública, em quase 13 anos:
Ano Divida interna em bilhões de
reais Dívida Externa em bilhões de
reais Dívida Total
2002 640
212 852
2007 1.400
0
1.400
2010 1.650 240 1.890
2015 2.556 134 2.690
A evolução acima vem do final de
2002, porque o discurso do ex-presidente Lula era de fazer uma auditoria da
dívida nacional, separando aquela parcela devida, daquela não devida, visto que
o Brasil estava engessado por tamanho ônus, que adveio desde a sua colonização.
Mas, qual, Lula, no seu primeiro mandato a fez crescer 64,32%. Candidatou-se à
reeleição, sendo reeleito, tendo como bandeira de que tinha zerado a dívida
externa, tendo pago ao FMI, como efetivamente, porém, engrossou a dívida
interna, a qual sempre foi mais cara do que a externa. No seu segundo mandato
recomeçou a fazer dívida externa, entregando à presidente Dilma cerca de R$240
bilhões dela, elevando mais ainda a dívida bruta em 35%. A presidente Dilma, no
seu primeiro mandato, mais nove meses do segundo período elevou a dívida bruta
em 41,8%. Os governos do PT, em 12 anos e 9 meses, já fizeram a dívida pública
global se elevar em 214,55%, enquanto o PIB, no mesmo período, cresceu somente
49,11%.
Os números acima chegam ao
conhecimento da comunidade financeira internacional. No final do dia de ontem,
a agência de risco Fitch informou que o desempenho da economia brasileira não é
suficiente para manter a nota de crédito no segundo grau de investimento. Dessa
maneira, tornou público de que a qualquer momento poderia rebaixar a nota
brasileira para o último nível, antes de considerar o País como de grau
especulativo.
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