09/09/2015 - DESPERDÍCIOS DO SUS




A Constituição de 1988 introduziu o Sistema Único de Saúde (SUS) como direito de todo o cidadão. Porém, se não tiver o cartão não pode ser atendido, visto que há registros que tem que serem anotados pelo sistema de computação. Uma burocracia, que em emergência deve ser contornada. Além do mais, os desperdícios são enormes. Por exemplo, o SUS tem 37 mil equipamentos fora de uso, conforme levantamento do jornal Estado de São Paulo, com base no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde. São aparelhos para os mais diversos objetivos. Dessa forma são máquinas para diagnóstico por imagem, tais como ultrassom e tomógrafo, cadeiras de hemodiálise e incubadoras para recém-nascidos. Entre aparelhos inutilizados existem máquinas quebradas, em manutenção, obsoletas ou novas ainda sem instalação.

É de estarrecer o fato de máquinas paradas, em relação às grandes filas para realizar exames, que tem que ser previamente agendadas e demoram muito tempo. Os Estados que tem mais equipamentos fora de uso são Rondônia, Distrito Federal e Rio Grande do Sul. A oferta insuficiente de exames, como exemplo, para diagnosticar o câncer de mama, levam a que a referida doença seja diagnosticada em estágio avançado. Ademais, há a subutilização dos equipamentos e falta de profissionais para manejá-los. Em todo o Brasil foram identificados fora de uso 179 ecógrafos, 115 mamógrafos e 153 aparelhos de eletroencefalograma.

O Ministério da Saúde informou que os aparelhos fora de uso são cerca de 5% do total. O percentual pode até ser pequeno, mas o número de 37 mil é muito grande.

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