19/09/2015 - VORACIDADE DOS GASTOS




A Nova República surgiu em 1985. As despesas com custeio tem crescido mais do que o crescimento do PIB, pelo menos desde então. Mas, o governo da presidente Dilma tem sido demais, gerando déficit primário em 2014 de R$35 bilhões, coisa que não havia há 18 anos. Em 2011, o PIB se elevou de 3,3%, o gasto público 3,9%; em 2012, o PIB incrementou-se 1,8%, o gasto do governo 4,6%; em 2013, o PIB aumentando 2,7%, custeio governamental em 5,1%; em 2014, o PIB parou em 0,1%, o gasto governamental pulou 6%. Não bastasse isto, a incompetência da atual gestão enviou o orçamento para 2016 com déficit primário de R$30,5 bilhões, fazendo a Standard & Poor’s rebaixar a nota brasileira, colocando o Brasil como país de grau especulativo para investimentos internacionais. Este 2015 está sendo de profunda recessão como não havia há 25 anos. Está também sendo estimado 1 milhão de desempregados até o final do ano.

A comparação clássica do Brasil com os Estados Unidos, país este o segundo maior do mundo em extensão, enquanto o Brasil ocupa o quinto lugar. A economia americana é a maior do mundo, sendo 25% do PIB mundial, a brasileira é a sétima, menos de 5% do PIB mundial. Os Estados Unidos tem mais de 300 milhões de habitantes e o Brasil mais de 200 milhões. Entretanto, sob o comando direto de Barack Obama tem 22 secretários de governo, como são chamados os ministros de lá, enquanto o País tem 39 ministros.

Vê-se claramente que o governo tem má vontade em reduzir seus gastos. Há dois meses falou que iria reduzir o número de ministérios e mais de 1.000 cargos de confiança. Mas, até agora nada. Enviou projetos ao Congresso de cortes de despesas e muito mais elevação das receitas, via criação de mais tributos e ressuscitar a CPMF.

Conforme citado pela revista Veja, desta semana: Um estudo dos economistas Felipe Salto e Nelson Marconi, ambos da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, dá a dimensão do custo de ineficiência do setor público e da redução de despesas possível caso houvesse o aperfeiçoamento da administração federal. O valor chega a R$144 bilhões ao ano. Eles levantaram a inflação implícita nas contas do setor público e do privado na última década, e constataram que houve uma diferença espantosa: a variação acumulada de custeio foi de 128,6% no governo e de 88,5% nas empresas”.

Por que os governos do PT turbinam os gastos públicos e agigantam a máquina estatal? Pelo menos, duas explicações: um projeto político de eternizar-se no poder com a partidarização governamental e incompetência mesmo.

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