27/09/2015 - FOGO AMIGO
Dentro do PT há o fogo amigo
provocado pela senadora Martha Suplicy, de São Paulo, que saiu atirando,
filiando-se ao PMDB, sendo a sua maior crítica acerca da incompetência da
presidente Dilma em conduzir a economia brasileira. Na Bahia, o senador Valter
Pinheiro, prestes também a sair do PT, afirmou que o uso do BNDES, subsidiando
o grande capital, em retorno ao que a ditadura militar fez, elegendo as
“empresas campeãs nacionais”, que tomaram dinheiro a 3,5%, 4%, 5%, 6% e agora a
7,5%, pela Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), que pode mudar a cada três
meses, quando o próprio Tesouro Nacional toma emprestado ao mercado financeiro
a 14,25%, está errado. Se o subsídio em referência deixasse de existir, os R$35
bilhões do déficit primário do ano passado não existiria. Ainda dentro do PT há
um grupo contrário ao Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que promove o ajuste
fiscal às custas da classe trabalhadora, tendo atingido o seguro desemprego, o
abono salarial e querendo elevar tributos.
A decisão do Supremo Tribunal Federal
(STF) de considerar inconstitucional a doação de empresas privadas a campanhas
de partidos políticos ficará valendo para as eleições de 2016, mas não
retrocederá. Como ficam os partidos endividados que se serviam dessas fontes,
já que não poderão usar o fundo partidário para tal mister? Na Bahia, o
montante de dívidas do PT, para eleger o governador Rui Costa, atinge R$13
milhões.
Enfim, no Congresso Nacional,
neste segundo mandato da presidente Dilma, o PT não tem conseguido liderar com
eficiência a base aliada, tendo perdido a maioria e sofrendo várias derrotas
nas duas Casas Legislativas. A maior implicação é de que a equipe econômica não
consegue realizar logo o ajuste fiscal e fica prolongada a recessão.
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