21/09/2015 - DESCONTROLE CAMBIAL
O dólar já subiu mais de 67%, nos
últimos 12 meses, cravando o comercial R$4,00, a maior cotação na era do Plano
Real, iniciado em 01-07-1994. A única vez que alcançou R$3,99 foi em 10 de
outubro de 2002, nas especulações de que Lula iria provocar um arrastão. Mas,
ele foi “paz e amor”, respeitou contratos e o dólar caiu até R$1,51. A cena
política preocupa muito, porque o Congresso irá examinar amanhã os vetos
presidenciais, que no caso de derrubados, novos gastos públicos se somarão à
perspectiva de déficit primário também para este ano. Por outro lado, insiste o
governo em aprovar aumento da carga tributária e a recriação da CPMF. Antes a
alta do dólar se dava por desvalorização, seja mini, midi ou
maxidesvalorização. Agora está havendo descontrole cambial.
Segundo o Bloomberg, o mercado
financeiro internacional está vendo até mais risco no Brasil do que na Rússia,
conforme pontuação do indicador CDS, dos últimos 5 anos. O CDS do Brasil fechou
em 428 pontos, enquanto o da Rússia em 352 pontos. É conveniente lembrar que a
Rússia está sofrendo um bloqueio econômico por causa do affaire com os Estados
Unidos, sobre a Ucrânia.
As pressões no dólar estão
fazendo a perspectiva inflacionária a não ceder de 9,5%. A intenção do consumo
das famílias voltou a cair em setembro, conforme o indicador da Confederação
Nacional do Comércio. A queda de agosto para setembro alcançou 2,4%. A de
setembro deste exercício para setembro de 2014 foi de 34,5%.
Mais pressões recessivas vêm
também da Caixa Econômica Federal que aumentou os juros da casa própria pela
terceira vez neste ano.
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