15/09/2015 - PAUTAS-BOMBA
Ao perder a maioria dos
parlamentares no Congresso, a presidente Dilma a perde porque está realizando
uma caótica gestão, visto que há inúmeras contradições em seus atos, muitas
vezes de ida e volta em decisões, parecendo até que ela não sabe o que está fazendo,
tal como diz não gostar da CPMF, mas que iria mandar projeto de sua criação,
depois retiraria (a lei ou o projeto?). O jornal Estado de São Paulo
identificou 19 projetos naquelas casas congressistas, que poderão compor “pautas-bomba”.
Seriam projetos que poderiam gerar despesas extras do orçamento previsto anualmente.
O cálculo deles é de R$284 bilhões, cifra assustadora, principalmente para uma
gestão que, depois de 18 anos, gerou déficit primário de R$35 bilhões do PIB, em
2014, tendo feito peripécias, que poderão ser reprovadas pelo Tribunal de
Contas da União (TCU), chamadas de “pedaladas fiscais”, as quais desrespeitam a
Lei de Responsabilidade Fiscal. Mudando sua ótica, a gestão econômica federal
iniciou 2015, prometendo superávit primário de 1,7% do PIB. Porém, fez revisão
no segundo semestre de 2015, para 0,5% do PIB, número muito pequeno, para quem
deve pagar um “mundo” de juros. Nessa revisão, admitiu que poderiam fechar 2015
também em déficit, no caso de não haver elevação da arrecadação, numa
demonstração de pressão ao Congresso, para aprovar gastos aprovados e elevar tributos, neste
ajuste fiscal atual, que colocou o País em recessão.
Dando continuidade à pressão ao
Congresso, enviou, pela primeira vez na história, a equipe econômica um
orçamento para 2016, com déficit primário de R$30,5 bilhões. A aludida debilidade
fiscal está aprofundando a recessão e, após mais de sete anos em que recebeu o
grau de investimento, selo de bom pagador, através da maior agência de risco
internacional, a Standard & Poor’s, transmitiu, em troca, após tantos
desvarios, a reclassificação do País com grau especulativo para os
investimentos.
Dentre os 19 projetos apontados
pelo citado jornal, que tramitam no Congresso, somente um deles, em análise da
comissão especial da Câmara de deputados, refere-se à área da Saúde, correspondendo
a 95% dos prováveis gastos públicos. A proposta em curso seria de aumentar os
gastos federais para a citada área, de ações e serviços públicos, de 15% para
18,7%. Entretanto, o jornal referido não se ateve a analisar que há outras
bombas, tais como o reajuste das aposentadorias, de acordo com o a lei do salário
mínimo, assim como o fim do fator previdenciário. Assiste-se uma enxurrada de
propostas de novos gastos, sem que o governo corte na própria “carne”,
reduzindo dez ministérios e cargos de confiança, ambos anunciados, mas não
efetivados. Continua o “samba do crioulo doido”.
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