28/09/2015 - RENÚNCIA FISCAL
Na peça do orçamento fiscal de
2016, apresentada ao Congresso Nacional, há a previsão de renúncia fiscal de
R$271 bilhões. Trata-se de deixar de arrecadar tributos em determinados
segmentos econômicos, com o objetivo de estimular atividades específicas. Ora,
o pacote fiscal em debates no Congresso tenta fechar um rombo de R$30,5
bilhões. Neste País, mediante hipóteses de que certos segmentos não conseguem
se rentabilizar, retiram-se tributos ou se concedem subsídios secularmente.
Aqui, ontem mesmo, foi citado que somente o subsídio de juros do BNDES, a
certos grandes capitalistas escolhidos, daria para fechar o referido rombo
orçamentário. Por que existem certos privilégios históricos? Um caminho seria
revê-los. Outro caminho seria fazer uma reengenharia na imensa máquina pública.
Por que não se faz? Sem dúvida, é muito difícil um acordo político dentro da
base aliada. Há dois meses a presidente Dilma, em decisão acertada, anunciou
que cortaria ou aglutinaria ministérios ou secretarias, ficando 29 ministérios.
Mas, até hoje não conseguiu mostrar como seria, enquanto isto o País está em
recessão aprofundada. O fato é que se sonha para que a equipe econômica,
dirigida pela presidente, encontre logo uma saída. Entretanto, ficam cada vez
mais claros anúncios de que ela está infelizmente ainda perdida. Para Antônio
Delfim Netto, economista, ex-ministro de três presidentes militares,
ex-deputado federal, em declarações ao jornal O Estado de São Paulo: “Ela
(Dilma Rousseff) é simplesmente uma trapalhona”. Para Carlos Ayres de Brito,
ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, em declarações ao jornal Folha de
São Paulo: “O que é o chefe de um Poder Executivo? É chefe da administração
pública, é o chefe do governo e é chefe de Estado. E o fato é que ela (Dilma
Rousseff) vai mal nas três chefias”.
Em resumo, o pior da economia é
recessão com alta inflação. Em 2014, o PIB ficou estagnado em 0,1%; a inflação
foi de 6,5%. Em 2015, a recessão estimada é de – 3% e a inflação de 9,5%.
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