18/09/2015 - AVALIAÇÃO NACIONAL DE ALFABETIZAÇÃO
Queixas, por exemplo, dos
empresários, de que muitos dos seus funcionários não sabem ler manuais de
instruções de equipamentos sinalizam na direção do baixo nível educacional da
população brasileira. Logo, é baixa a produtividade. O próprio MEC já
reconheceu que 60% da população tem grande dificuldade de interpretar uma
lauda. Em boa iniciativa, em 2012, a presidente Dilma lançou o Pacto Nacional
pela Alfabetização na Idade Certa, visando garantir que, ao final de uma etapa
escolar, todas as crianças estejam plenamente alfabetizadas. O objetivo de
todos na escola e alfabetizados são corretos. Os resultados são decepcionantes.
A Avaliação Nacional de Alfabetização é feita anualmente pelo Ministério da
Educação (MEC). A primeira pesquisa aconteceu em 2013. Em 2014, foi aplicada em
49 mil escolas públicas do País, abrangendo 2,3 milhões de alunos do 3º ano
fundamental, em leitura, escrita e matemática. Em 2015, a pesquisa não será
feita, porque foram cortados 30% dos recursos para a educação, somente podendo
voltar em 2016.
Base de dados de 2014, ao final
da alfabetização, prevista em três anos, 57% das crianças matriculadas em
escolas públicas do País tinham baixo desempenho em matemática. Ler horas e
minutos em relógio digital ou resolver problemas até números 20 não
apresentaram dificuldades. Porém, o inverso se deu para entender um relógio
analógico ou solucionar questões com números superiores a 20. Em matemática, 22
Estados têm níveis inadequados de aprendizagem. Os piores indicadores estão no
Amapá, 82,86%, e Pará, 81,43%. As regiões Norte, média de 74,89%; Nordeste,
74,08% de reprovação na matéria. Em português, os resultados apontam que 22,21%
dos alunos têm desempenho inadequado em leitura e 34,46% em escrita. As
crianças têm dificuldades em reconhecer a finalidade de um texto ou de
localizar informação explícita em fragmento de uma lenda ou canção folclórica.
Em escrita, trocam ou omitem letras e produzem textos ilegíveis ou com grande
quantidade de erros de ortografia.
Em resumo, no momento em que se
observa um País solto, sem ordem, sem dúvida, os problemas educacionais
deveriam ser aqueles em que primeiro deveriam ser feitos esforços para os
consertos. Brasil, pátria educadora, só no nome, visto que 30% das verbas deste
ano foram cortadas. Por exemplo, como resultados, as universidades públicas
estão há quase três meses em greve.
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