12/09/2015 - ALTA DE IMPOSTOS É INVESTIMENTO




Quem falou esta bobagem? Até o dia 10 deste mês, o Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, somente falava de ajuste fiscal. No entanto, instado a falar sobre que saída terá para o Brasil não perder o selo de qualidade da agência de risco Moody’s e da agência Fitch, já que anteontem perdeu o grau de investimento da agência Standard & Poor’s, ele foi o mais confuso da equipe governamental. Disse que vale a pena “pagar mais um pouquinho mais de imposto”, visando à recuperação econômica do País. Nas suas palavras: “É um investimento que vale a pena. A gente não deve ser vítima de uma miopia na questão de impostos. Se a gente tiver que pagar um pouquinho mais de imposto para o País ser reconhecido como país forte, tenho certeza de que todo mundo vai querer fazer isso”. Muito confuso e com um erro inadmissível por um doutor em economia pela Universidade de Chicago ou por qualquer universidade. Imposto nunca foi investimento; pelo contrário ele subtrai valor do investimento. Voltando a sua cantilena: “O episódio (perda do selo de bom pagador), sem dúvida nenhuma, terá impacto nas condições de crédito. Por isso é tão importante tomar as medidas necessárias, cortar despesas e encontrar receitas”. Assim, a equipe econômica está tonta, enquanto a recessão se aprofunda. Já há bancos apostando em – 3% neste ano. A FIESP e a FIRJAN cobraram ontem do governo que assumam a economia com pulso firme. Os vacilos somente têm trazido prejuízos ao País.

No conjunto de perplexidade pelo que passa o País, o governo federal perdido, a maior surpresa foi o grande líder, guru do governo, que obteve as maiores taxas de crescimento em quatro décadas anteriores, o ex-presidente Lula, em visita a Buenos Aires, declarar a uma plateia de empresários, acadêmicos e servidores públicos: “É importante que a gente tenha em conta que o fato de eles diminuírem o investment grade de um país não significa nada, significa que apenas a gente não pode fazer o que eles querem”. Em contraste quando, em 2008, quando a Standard & Poor’s tornou-se a primeira das três agências de risco a conceder o grau de investimento ao País, o então presidente declarou: “Foi declarado um país sério, que tem políticas sérias, que cuida das suas finanças com seriedade”. Não significa nada?

O fato é que Lula deixou uma série de esqueletos dentro do armário para a presidente Dilma retirar. Como ela é uma pessoa de natureza difícil, o preço da retirada é mais caro e lento. A propósito, mais bala vem por aí. A Polícia Federal encontrou indícios de presença de Lula nas investigações da operação Lava-Jato e pediu ao STF autorização para ouvi-lo. Sem dúvida, a desconstrução da atual gestão econômica está sendo um martírio.

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