30/07/2015 - SUFOCO DA BUROCRACIA



A Confederação Nacional da Indústria (CNI) promove com o IBOPE pesquisas sobre problemas brasileiros. O IBOPE ouve no mínimo 2.000 pessoas a cada estudo, o que tem credibilidade pela grande amostra estatística. O mais recente trabalho, sobre a burocracia, mostra que cidadãos se dizem sufocados pela citada barreira. Para 77% dos entrevistados o Brasil é um país muito burocrático, enquanto que 62% afirmam que a redução da burocracia deveria ser prioridade governamental. Devido ao grau de dificuldades para a realização de tarefas ou procedimentos em todo o País, grande parte dos brasileiros recorreu ao uso de despachantes, empresas especializadas, ajuda de parentes e amigos que podem influenciar na realização de procedimentos, mediante pagamentos, pouquíssimos fazem algo de graça, além de propinas.

A pesquisa enumerou 25 opções de entraves. A mais frequente é de como fazer o imposto de renda. Em seguida, aparece o encerramento de uma empresa, depois a abertura de empresa. Mas, de todos os 25 procedimentos, os mais difíceis são para os entrevistados: em primeiro lugar, encerrar uma empresa; em segundo, abrir ou constituir uma empresa; em terceiro, comprar um imóvel; em quarto, fazer um inventário de bens; em quinto lugar, requerer aposentadoria ou pensão.

A burocracia, a corrupção, a má gestão decorrente da má educação, o custo Brasil de uma logística com transportes insuficiente ou deficiente se resumem num ambiente atrasado, lento, despreparado e de baixo crescimento econômico. Nos dias de hoje, as coisas estão bem piores por que o Brasil está em recessão com elevada inflação, desemprego em alta, desconfiança dos consumidores e dos empresários. Em decorrência, os endividamentos público e privado estão crescendo, comprometendo a capacidade de pagamento de empresas, indivíduos e, as agências internacionais de risco, colocando o País no último degrau do grau de investimento, ameaçando o Brasil, para ser visto como um ambiente de especulação. Portanto, é preciso fazer o ajustamento fiscal em curso e tomar logo medidas para voltar o País a crescer.

Assim como em tudo há pontos positivos, os quais ainda resistem no País para manter o grau de investimento, eles compõem a existência do sistema democrático e de investigações aprofundadas de desvios de recursos em órgãos públicos. O Brasil é considerado pelas agências internacionais como um país que tem um quadro institucional melhor do que o dos grandes emergentes, o que até agora, está sustentando a concessão do referido grau de confiança internacional e a esperança de que a economia volte a recuperar-se. Para a Standard & Poor’s, a agência de risco mais conceituada do mundo, a recessão será dada no biênio 2015-2016 e a volta do crescimento somente em 2017.

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