25/07/2015 - FINANCIAL TIMES VÊ CRESCENTE PODRIDÃO




O Reino Unido é um conjunto de países que tem como líder a Inglaterra, sendo sua capital Londres, sede do imperialismo inglês, este que dominou quatro séculos, que gerou o atual imperialismo americano, cabeça de chave da economia mundial desde o século XX. Porém, aquele não deixou de existir, visto que tem seu raio de ação, influenciando cerca de 120 países que falam a língua inglesa, sendo os mais desenvolvidos: Canadá, Escócia, Irlanda, Austrália, Nova Zelândia. Agem os dois impérios não mais como pai e filho, mas como irmãos solidários. A prova disto é que o Reino Unido mantém a sua moeda, a libra esterlina, há séculos e os Estados Unidos a sua, o dólar. A terceira força do imperialismo capitalista é a Zona do Euro. Obviamente, a imprensa londrina tem grande influência opinativa, destacando-se o jornal Financial Times (FT), centenário e conservador em assuntos econômicos, criticando aqueles países que não se enquadrem nas regras de estabilidade do sistema.

Nesta semana, o FT publicou análise da situação brasileira, cujo título é “Recessão e corrupção: a podridão crescente no Brasil”. O estopim do seu exame crítico decorre das crescentes investigações de corrupção na Petrobras, evidenciadas pela Polícia Federal, através da operação Lava-Jato, associadas à recente redução da meta de superávit fiscal para 0,15% do PIB, número inexpressivo em relação ao porte da dívida pública ascendente, sem contar que o governo federal não descartou repetir o déficit fiscal neste ano, os quais trarão forte recessão, deixando o Brasil a um passo de perder o grau de investimento.

As pesadas críticas vão ao sentido da gestão da presidente Dilma Rousseff, afirmando que o País “tem sido comparado com um filme de terror sem fim”, devido à incompetência e arrogância de Dilma e a corrupção que quebraram a “magia” brasileira. Referentes às medidas do ajuste fiscal, o jornal acredita que elas “demoliram os índices de aprovação de Rousseff para os níveis mais baixos da história e que isso enfraqueceu ainda mais seu controle sobre os parceiros da coalizão”. Para a publicação, embora poucos acreditem que Dilma não seja corrupta, as ações judiciais envolvendo o financiamento de sua campanha de 2014 e as pedaladas fiscais descobertas pelo TCU poderão ser suficientes para o seu afastamento. 

Quatro aspectos mais recentes mostram “o filme de terror da economia brasileira”. (1) A taxa de desemprego de 6,9% nas maiores regiões metropolitanas do País, para o mês de junho é a maior em cinco anos, tendo a menor taxa, recentemente, sido de 4,7%. Quando vista a Região Metropolitana de Salvador, o desemprego atingiu 11,4% em junho. A outra pesquisa, a PNAD –Contínua, abrangendo 3.500 municípios, colocou que a média do desemprego já passa dos 8%, sendo de 18% entre os jovens. Dados estes últimos de maio. (2) O dólar comercial dispara para R$3,30 e se aproxima de R$4,00, o maior valor já alcançado em 2002, pelo receio ao efeito Lula, que ameaçava na época fazer uma devassa na dívida pública e nas demais contas nacionais. (3) Risco de rebaixamento da nota do grau de investimento, devido ao número insignificante de 0,15% sobre o PIB de meta para o superávit primário. (4) Pesquisas mundiais demonstram que os brasileiros estão entre os mais pessimistas, conforme a mais recente, a do instituto americano Pew Research Center, em 40 países. Para 87% dos brasileiros a economia vai mal e apenas 13% acreditam que ela vai bem.

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