08/07/2015 - EMPRESARIADO MUITO PESSIMISTA




Pesquisa do International Business Report da consultoria Grant Thorton, que auscultou 2.580 líderes empresariais de mais de 30 nações, acerca da expectativa da economia doméstica com relação aos próximos doze meses, revelou que os empresários brasileiros estão entre os mais pessimistas do mundo. No Brasil, o indicador ficou negativo em 24%, atrás apenas da Grécia, com queda de 36% e, Estônia, com indicador negativo de 26%. O número do País está bem abaixo da média global, positiva em 45%, representando a maior queda de otimismo desde 2007, quando o Brasil passou a ser pesquisado.

No momento em que se encontram reunidos na Rússia, a alta cúpula dos BRICS, Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, países que representam 40% da população do globo e são responsáveis conjuntamente por 20% do PIB, pretendem criar o Banco BRICS, com aporte de capital de US$100 bilhões, visando socorrer os países emergentes. Já se fala dos BRICS acudir a Grécia, que poderia também compor o grupo. Entre estes cinco componentes, a Índia é que continua mantendo taxas de crescimento acima de 6% anuais. Embora a China venha nos últimos anos crescendo por volta de 7% ao ano, indícios de que este número irá reduzir bastante se encontram nas fortes quedas das suas bolsas de valores. África do Sul vem de baixo crescimento. Brasil e Rússia estão em recessão. Os emergentes não estão puxando a economia mundial. Hoje, quem está puxando são os Estados Unidos, visto que a União Europeia vem há vários anos com baixíssimo crescimento. No entanto, o Fundo Monetário Internacional está projetando crescimento médio mundial por volta de 3,5% em 2015. Infelizmente, a maioria dos países africanos continua em “eterna” crise.

O mergulho que deu o Brasil neste ano sinaliza para grave recessão e elevado padrão inflacionário, ameaçando passar a casa dos dois dígitos. É inconteste que a economia brasileira, nesta década vem sendo mal dirigida, em cada ano que se passa a situação se complica. A presidente Dilma tem o pior desempenho da Nova República (1985-2015), cravando 9,2% de ótimo ou bom conforme pesquisa do IBOPE de junho. Portanto, tendo também que responder pelos erros de responsabilidade nas contas nacionais de 2014, deficitárias, e pela aproximação cada vez maior do escândalo da operação Lava-Jato, de corrupção na Petrobras, a oposição está trabalhando pelo impedimento do atual governo federal, algo que se desdobrará no Congresso Nacional. 

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