18/07/2015 - MELHORAR SÓ NO SEGUNDO SEMESTRE DE 2016



Os enormes erros de política econômica do primeiro mandato da presidente Dilma (2011-2014) colocaram a economia brasileira em situação muito frágil, sendo necessário um ajuste fiscal, em curso, o qual aprofundou as dificuldades e a economia mergulhou em recessão. Assim, desde janeiro que as projeções só fazem piorar.  A visita, nesta semana, da agência internacional de risco Moody’s produziu um relatório no qual deixou claro que as incertezas políticas (a situação ficou ainda mais difícil, com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, rompendo com a presidente ontem), a inflação alta e a piora da confiança do investidor, fazem-na acreditar, o que já é voz corrente entre os analistas financeiros brasileiros, de que a melhora na economia brasileira só virá no segundo semestre de 2016, além de retração dos consumidores, que vêm o desemprego crescer e procuram se proteger, postergando seu consumo. Já se espera um rebaixamento da Moody’s, quanto ao grau de investimento brasileiro, que lhe deixaria no último degrau da sua escala, antes do descredenciamento, tal como ocorreu no início do ano, com a agência Standard & Poor’s, já também no último andar, para queda, àquela mesma que calcula índices confiáveis da bolsa de valores de Nova York. O grau de investimento é a nota que as agências de risco internacionais conferem, para recomendar aplicação de dinheiro de investidores. Se não tem o referido grau, o financiamento demora a sair, mediante condicionantes não usuais, além da mais elevada taxa de juros. “O Brasil demorou muitos anos para conseguir o grau de investimento. Teve que fazer reformas difíceis, ainda que indispensáveis, e superar uma enorme desconfiança em relação à capacidade brasileira de superar seus entraves. Este governo está produzindo o retrocesso. Já fomos rebaixados, e há riscos concretos de, no futuro, perdermos o grau de investimento. A dívida pública aumentou muito no governo Dilma, o superávit primário desapareceu, o crescimento mingou e virou recessão. Do ponto de vista macroeconômico, é difícil fazer o ajuste em ambiente recessivo e inflação em nível que exige juros altos. O pior é quando a isso se junta um cenário político complexo e imprevisível como o atual”. Conforme Miriam Leitão, em sua coluna do jornal O Globo de ontem.

Por seu turno, já há previsões de grande recessão, segundo o banco internacional BNP Paribas, estimando PIB de – 2,5% para 2015 e – 0,5% para 2016. Cada vez mais, o primeiro ano do segundo mandato da presidente Dilma se torna parecido coma maior recessão já vista no Brasil, a de 1990, do governo Collor, de – 4,3%.

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