02/07/2015 - EXPORTAÇÕES DE CARNE PARA OS EUA




A comitiva brasileira está desde o dia 27 de junho nos Estados Unidos, que reabriram as importações americanas de carne de boi in natura do Brasil, após 15 anos de fechamento. Referida ocorrência se deve à ausência de um acordo bilateral entre os dois países. Em decorrência dessa falta, os debates de negociações entre eles ainda acontecem no teatro da Organização Mundial do Comércio (OMC). As imposições de tarifas e restrições de comércio ocorrem na OMC, de parte a parte, dificultando as relações internacionais ao invés de resolvê-las. São verdadeiras quebra de braço. A OMC funciona como árbitro e o mundo todo converge para relações bilaterais. O Brasil tem dois ou três desses acordos, enquanto países como o Chile e o México possuem dezenas de acordos comercias.

Desta primeira novidade da visita atual, anunciada pelo Ministério da Agricultura, consta a liberação para os Estados Unidos da importação de carne do Distrito Federal e de mais 13 Estados. São eles: Tocantins, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo e Sergipe. Mais da metade das unidades federativas, das maiores pastagens e rebanhos. No conjunto, a medida favorecerá 95% da agropecuária nacional.

A Ministra da Agricultura, Kátia Abreu afirmou: “Temos que persistir obstinadamente em praticar uma defesa agropecuária de forma permanente. Vamos trabalhar para que o Brasil se situe entre os cinco países do mundo como referência agropecuária”. A sua declaração está em linha direta com a quinta população e o quinto território que tem o País. A expectativa da citada ministra é de que em cinco anos o Brasil esteja exportando 100 mil toneladas de carne bovina para os Estados Unidos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, sigla em inglês) deverá publicar um comunicado no qual reconhece que o rebanho bovino das regiões acima estão livres da febre aftosa e com status sanitário de importação. Kátia Abreu vê na decisão “uma senha” para prospectar novos negócios.

Em suma, o agronegócio brasileiro corresponde hoje a 23% do PIB e tem sido o setor que mais cresce, associado aos 10% da pequena produção agrícola, de menor crescimento, têm-se 33% do PIB no setor primário, até mesmo quando os outros não cresceram ou cresceram muito pouco, em mais de uma década de evolução. O Brasil faz cada vez mais o caminho de volta para o setor primário. Com uma grande diferença: o agronegócio é aquele que mais cresce em produção e em produtividade.

 

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