04/07/2015 - A QUESTÃO DA DELAÇÃO PREMIADA
Cada vez chegando mais perto, já
dentro do Palácio do Planalto, as investigações da Polícia Federal quanto à
operação Lava-Jato, acerca do esquema de propinas dadas a políticos e a
figurões da República, em troca de contratos de obras da Petrobras. Já são 18
empreiteiros e doleiros que tiveram autorização da justiça para fazer delação
premiada. O delator desta semana é o empreiteiro Ricardo Pessoa, presidente da
UTC, que também presidia o cartel de construtoras, denunciando ter repassado
verbas a 18 políticos federais, sendo os mais importantes aqueles com
escritórios no Planalto, para a campanha política do ex-presidente Lula, para a
campanha política da presidente Dilma, para o Ministro Chefe da Casa Civil,
Aloísio Mercadante, para o Ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, todos
os três com gabinete no Palácio do Planalto, além de um antigo ex-morador, o
ex-presidente Fernando Collor, atual senador, que teria recebido a maior verba
dentre os dezoito políticos denunciados.
Em visita aos Estados Unidos,
neste momento, a presidente Dilma Rousseff, atrasada, desde o início do seu
primeiro mandato, quando fora convidada, mas somente indo agora, onde a sua era
chega ao ponto mais baixo, estando indo atrás de fazer negócios e atrair
capitais para investir no Brasil. Claro, antes tarde do que nunca. Ela disse em
alto e bom som nas televisões, que não respeita delator como o atual Ricardo
Pessoa. Ora, Ricardo Pessoa teve sua delação autorizada conforme lei vigente no
País sobre o assunto e autorizado pelo Ministro Teori Szavaski do Supremo
Tribunal Federal (STF). A esse respeito, o ex-presidente Joaquim Barbosa do
STF, afirmou que isso poderia ser julgado como crime de responsabilidade.
Associado a isso, a presidente tem prazo curto para explicar ao Tribunal de
Contas da União as discrepâncias dos seus gastos no exercício do cargo, em
2014. Em seguida, a presidente também disse que não iria demitir nenhum
ministro, sem comprovação das denúncias da operação Lava-Jato, cujos políticos
denunciados serão investigados até 31-08-2015, conforme autorização do mesmo
Ministro Teori. Os fatos relatados acima aconteceram desde o início da visita
aos EUA, a partir de 27-06-2015. No dia 01-07-2015, saiu a pesquisa do IBOPE,
em que a popularidade da presidente Dilma Rousseff chegou ao seu nível de 9% de
desempenho ótimo/bom. Regular, 12%. Ruim ou péssimo, 68%. Não souberam, 1%. É a
pior avaliação dela.
Em face ao exposto, o que isso
tem a ver com a economia? A gestão da presidente tem feito da economia o
segundo pior da Nova República (1985-2015), somente perdendo para Fernando
Collor, conforme dados dos PIB que legaram ao País, em seus exercícios anuais e
médios de mandato, conforme estatísticas já mostradas em artigos anteriores
aqui e encontráveis nos arquivos do IBGE.
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