10/07/2015 - DESEMPREGO CRESCENTE




Os indicadores da economia brasileira, desde janeiro estão se deteriorando. Claro, vai haver um momento de parar, dado que as medidas do ajuste fiscal estão em vigor e deverão dar resultados entre um a dois anos, conforme a maioria dos cem analistas consultados semanalmente pelo Banco Central. Desta vez, vem a público o IBGE divulgar o índice mensal de desemprego aberto da PNAD-Contínua de maio. Ele subiu para 8,1% da população economicamente ativa (PEA), desempregados estimados em 8,2 milhões, entre os jovens a taxa atinge 18% da PEA. Este número representa aproximadamente 4% da população brasileira de 204 milhões, cálculo que consta do site do IBGE. Considerando uma família de quatro pessoas que estão em torno de um chefe de família, entre ativos e inativos, o número de atingidos é de 32 milhões (16%), que sofrem diretamente bastante com o desemprego aberto. O desemprego disfarçado ou o subemprego no Brasil é de cerca de 1,5 (12,75%) de um desempregado, cálculo bem próximo das estatísticas de emprego que faz o DIEESE. O desemprego total atingiria 20,25% dos brasileiros, direta e indiretamente, por volta de 41,3 milhões de habitantes. Um quinto do total.

No ano passado, embora a economia estivesse em estagnação, a taxa de desemprego ainda se reduzia e se estabilizou no final do ano. O desemprego demorou a aparecer, visto que custa caro para os empresários demitir e depois admitir, bem como caro ao governo, pelo assistencialismo que realiza. Porém, com a recessão se agravando, nos últimos meses o desemprego começou a se elevar bastante. O cálculo do IBGE é de que, em 12 meses, aconteceram 1,3 milhão de desempregados.

O relatório trimestral do Fundo Monetário Internacional (FMI), divulgado ontem, elevou a retração da economia brasileira de – 1,5%, quando a estimativa do relatório de abril previa menos 1%. Como o FMI vem sempre atrás das previsões, tanto para o crescimento como para o decremento, sem dúvida, a recessão estimada hoje já está próxima de – 2%, ou mais, na medida em que se aprofundam os indicadores econômicos, principalmente os de desemprego. Já o crescimento mundial projetado é de uma média de 3,3%, contra 3,5% de abril. Já, para o BRIC, o FMI estima elevação média do PIB acima de 4% em 2015. Os números estão mostrando o quanto o Brasil está ficando atrás dos países desenvolvidos e dos países emergentes.

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