12/07/2015 - TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO ATIVA






Pela primeira vez o tribunal de Contas da União, ao examinar a contabilidade presidencial, pediu à presidência da República que explicasse o porquê de gastos de cerca de R$40 bilhões, sem os respectivos decretos, que teriam de ser apreciados pelo Congresso Nacional. Trata-se de 13 rubricas contábeis susceptíveis de justificativas, para as quais foi dado um mês de prazo, a vencer em 22-07-2015. Por que foi dado o prazo? Para que a presidência não recorresse ao Supremo Tribunal Federal alegando que não foi lhe dado o direito de defesa. Por que antes nem presidente tinha tido prazo para explicar-se? Antes, nenhum presidente estourou um valor de R$40 bilhões. Indagado, ainda, nesta semana o relator da contabilidade presidencial de 2014, ministro Augusto Nardes, revelou que os desperdícios no Brasil são imensos, haja vista a existência de 39 ministérios e ainda estouro de cifra tão expressiva. Deixou ele, então, uma pergunta: Por que há doze dias de burocracia para aprovar um envio de uma carga e um só para despachá-la? Por que a logística, no caso, é tão burra? Dados revelados por ele.


Em entrevista ao jornal “A Tarde”, do Estado da Bahia, Augusto Nardes declarou que: “Estamos vivendo um momento crítico, e a questão de credibilidade é muito importante para o Brasil andar. Para mudar isso, nós estabelecemos parâmetros de governança. Na minha passagem pela presidência do TCU, parti para uma especialização e trabalhar em parceria com os tribunais de contas dos estados e municípios. Criamos um novo sistema de avaliar as políticas públicas e um indicador geral de governança. É a entrega de produtos pelo Estado à sociedade. O que mais facilita a corrupção é o fato de os princípios da governança não estarem instalados na Nação, que é formular, implementar e monitorar. Isso impede que se entreguem à população serviços públicos adequados”.


A direção que indica o ministro em referência é adequada. Contudo, os tribunais de contas, em todos os níveis, produzem um relatório sobre o governante, aprovando ou não a contabilização anual, o qual é enviado para aprovação final, seja por parte da Câmara de Vereadores, da Câmara de Deputados Estaduais ou Federais. Quer dizer, o jogo poderá ser ganho no meio de campo, mas terá que ser feito gol pelo ataque.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

DÉFICIT PRIMÁRIO OU SUPERAVIT PRIMÁRIO?

OITAVO FÓRUM FISCAL ÁRABE EM DUBAI

BANCO ITAÚ MELHOR PERFORMANCE