19/07/2015 - MINHA CASA, MINHA VIDA EM FORTE RECUO
Criado no segundo governo do
ex-presidente Lula, para construir um milhão de residências populares, o
Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) serviu para elevar a popularidade de
Lula, que escolheu a candidata Dilma, para ampliar em mais dois milhões de moradias.
Em 2007 existia um déficit habitacional de cerca de 7 milhões de casas. Hoje
este déficit ultrapassa 5 milhões de residências. O citado programa trouxe um
subsídio de cerca de R$17 mil por unidade, para o financiamento habitacional, a
cargo da Caixa Econômica Federal. O ajuste fiscal iniciado desde janeiro deste
ano atingiu também o MCMV. O governo federal suspendeu os financiamentos da
faixa 1 do referido programa, que contempla as famílias mais pobres, que ganham
até R$1.600,00. Em torno de 4 milhões de famílias estão nessa situação.
Neste ano, o governo contratou
202 mil moradias, mas somente em torno de 4% foi dirigido à baixa renda. Dessa
maneira, o programa está excluindo aqueles que mais necessitam. O MCMV agora é
principalmente dirigido para as faixas 2 e 3, até o teto de renda de R$5 mil. A
meta governamental seria de abranger mais 350 mil unidades, que deixaram de ser
financiadas. O orçamento do programa para este ano caiu de R$20 bilhões para
R$13 bilhões, um corte de 35% nos recursos. Isto é, a média dos cortes dos
ministérios foi de 30% e o programa foi duramente atingido. Em pesquisa do IBGE
se verifica que está crescendo o número de mais pobres no déficit habitacional,
tendo subido de 70,7% para 73,6%, segundo seus dados. Assim, cerca de 3,.68
milhões de famílias estão sem casas para residir. Considerando o número médio
de familiares por unidade habitacional, por volta de 15 milhões estão na
amargura de não residir condignamente.
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