31/12/2014 - BREVE BALANÇO DA ECONOMIA
Último ano de mandato da
presidente se encerra com uma melancólica síntese de baixo crescimento,
estimado pelos 100 especialistas consultados semanalmente pelo Banco Central,
de 0,14%. Ou seja, o PIB brasileiro caiu de 7,5% em 2010 para 2,7% em 2011;
reduziu-se para 1% em 2012; elevou-se para 2,5% em 2013; diminui-se para 0,14%
o estimado para 2014. S taxa média do
PIB de 2010 a 2014 é calculada em exatos 1,585%. A presidente Dilma dirigiu o
País em marcha lenta, perdendo o ritmo de 4% dos oito anos do governo de Lula.
Em comparação com FHC, que teve um conturbado período de oito anos, ele obteve
a média anual de 2,3%. No geral analistas econômicos afirmam que a presidente
Dilma dirigiu muito mal a economia, perdendo os avanços obtidos por Lula, tais
como: crescimento expressivo da economia; baixa taxa de inflação; superávit
primário. Após 12 anos, a balança comercial apresentará déficit em 2014,
ampliando-se o resultado negativo do balanço de pagamentos de 4% do PIB. O seu
ministro da Fazenda, Guido Mantega, não decidiu praticamente nada, fazendo
previsões que nunca aconteceram e culpando a conjuntura nacional pelo pífio
crescimento, quando não fora verdade, visto que as maiores economias mundiais
cresceram bem, tendo o FMI projetado nestes quatro anos uma taxa média mundial
de 3% anuais.
Doze anos do PT no poder, do
discurso à prática se mudou como se fosse da água para o vinho. Antes o PT
defendia o dirigismo do nacional-desenvolvimentismo, moratória da dívida, tanto
interna como externa, ampla estatização da economia, revendo privatizações,
mais conselho populares. Porém, Lula fez a Carta o Povo Brasileiro, em 2002,
incorporando ideais de respeito aos contratos, superávit primário e pagamento
de compromissos. Foi eleito, reeleito e elegeu sua sucessora. Ela foi reeleita,
em campanha que gastou R$340 milhões.
Além de perder os principais
fundamentos da economia, tal como bom desempenho econômico, inflação acima do
teto da meta, superávit primário neste ano, déficit estrondoso no balanço de
pagamentos, houve ainda a segunda Copa de Futebol no Brasil, após 64 anos,
cerca de R$30 bilhões foram gastos em estádios de futebol, perante insucesso da
seleção de futebol. Três dos estádios se transformaram em “elefantes brancos”,
os de Manaus, Natal e Brasília. As empreiteiras, que estão elencadas no
escândalo da operação Lava-Jato da Petrobras são praticamente as mesmas que
construíram os estádios. Ademais, o sistema elétrico em dificuldades de
abastecimento de água, colocou as termelétricas em funcionamento, compõem um
balanço de prejuízos, que certamente dificultará o bom desempenho também em
segundo mandato.
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