12/01/2015 - MARTA SUPLICY ATACA




A senadora Marta Suplicy, petista histórica, começou a ser conhecida como a primeira apresentadora de televisão a falar sobre sexo, tabu dos anos de 1970, na rede Globo de televisão. Ficou-se então sabendo que ela era casada com o economista Eduardo Matarazzo Suplicy, que fez doutorado nos Estados Unidos, sendo professor da Fundação Getúlio Vargas, Escola de Administração de Empresas de São Paulo. Referido cidadão também foi fundador do Partido dos Trabalhadores (PT), primeiro senador eleito pelo partido, em cinco vezes seguidas, não conseguindo somente neste ano a reeleição. Ele tem no nome Matarazzo, da família mais rica do Brasil no início do século XX, bem como Suplicy, de outra família rica de quatrocentos anos de São Paulo. A surpresa era por que ele e ela tão ricos estariam do lado dos pobres defendidos ferrenhamente, na época, pelo PT? Os dois participaram da elaboração do programa do PT. Marta foi prefeita de São Paulo e Ministra da Cultura do governo de Dilma.

Em entrevista de ontem do jornal O Estado de São Paulo, publicada ontem, Marta faz uma série de críticas a presidente Dilma, ao Ministro da Casa Civil, Aloísio Mercadante e ao presidente do PT, Ruy Falcão. No geral, afirmou “ou o PT muda ou acaba”. A ex-ministra definiu a política econômica de Dilma como “fracasso”. Perante a nova equipe econômica, que tem a missão de melhorar o desempenho governamental, apesar de elogiar ministros, não acredita que eles terão independência para trabalhar. Refere-se a que: “É preciso ter humildade e a forma de reconhecer os erros e deixar a equipe trabalhar. Mas, ela não reconheceu na campanha, nem no discurso de posse. Como que ela pode fazer agora?” São também suas palavras: “Mercadante é inimigo. Ruy Falcão, presidente do PT, traiu o partido. E o partido se acovardou ao recusar o debate sobre quem era o melhor para o País, mesmo sabendo das limitações de Dilma”. Está se referindo ao fato de que havia forte corrente de ‘volta Lula’. Ou seja, de que Lula seria melhor candidato para colocar a economia nos eixos. Prossegue ela: “Já no primeiro dia (do segundo mandato da presidente) vimos um ministério cujo critério foi à exclusão de todos os que fossem próximos a Lula”. Para ela, o partido está: “cada vez mais isolado e que luta apenas pela manutenção do poder”.

A importância do colocada acima é deixar claro que o cerco está se fechando com relação à Dilma. Se ela não deixar a equipe econômica trabalhar como Lula deixou em sua era, o fracasso do segundo mandato será muito ruim para o País.

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