10/01/2015 - MENOR POUPANÇA EM 14 ANOS




A taxa de poupança é definida como a parte do PIB que não é consumida, nem exportada, em termos financeiros. A taxa de poupança global é a poupança do setor privado mais a do setor público. Ela está em 14% do PIB, sendo o menor nível nos últimos 14 anos. No seu discurso inaugural, o Ministro da Fazenda, Joaquim Levy afirmou que, para reverter tal quadro, o governo deverá dar o exemplo, para famílias, empresas, Estados e Municípios, ampliando as suas economias. Isto é, fazendo superávits. Sem dúvida, com citadas economias, o foco é ampliar os investimentos brutos, no objetivo final de crescimento do PIB. Os seus objetivos imediatos são de arrumar as contas públicas e elevar os resultados fiscais. Sem dúvida, o referido ministro não pretende adotar as medidas do final do governo Lula e de toda gestão de Dilma, subsidiando a produção de certos segmentos produtivos privilegiados e do consumo da população em processo de esgotamento. Para o novo ministro a responsabilidade fiscal não é de direita, nem de esquerda, quebrando o maniqueísmo no qual costuma ser tratada, mas pré-requisito para voltar a crescer.

O praticamente crescimento zero de 2014 se associou as captações negativas de cadernetas de poupança. Em razão das elevações dos juros básicos da economia, muito desse dinheiro foi para fundos de renda fixa e papéis de melhores taxas de remuneração como as Letras de Credito Imobiliário e as Letras de Crédito para o Agronegócio, as quais são também isentas de imposto de renda, mediante melhor perfil remuneratório.

Dados do Banco Central revelam que as captações das cadernetas de poupança em 2014 foram de R$24 bilhões, recuando 66% em relação aos R$71 bilhões de 2013. O resultado anual foi o mais fraco desde 2011, quando encerrou o ano em R$14,2 bilhões. Já em 2012 as captações das cadernetas alcançaram R$49,7 bilhões. As estatísticas evidenciam que os poupadores em geral tem preferido o curto prazo, pouco se refletindo em investimentos de longo prazo, tais como são as compras de máquinas, ampliação e modernização das fábricas, além da infraestrutura básica.

 

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