19/01/2015 - PREVISÃO DO BANCO MUNDIAL RECUA
A expectativa do Banco Mundial
(BIRD) era de que o Brasil crescesse 2,7% em 2015 e 3,1% para 2016, em seu
relatório do ano anterior. O seu relatório atual, intitulado Perspectiva
Econômica Global, embora considere a economia brasileira em recuperação, no
segundo semestre de 2014, após um período de recessão técnica, no primeiro
semestre de 2014, deverá persistir a retomada durante 2015, mas sem grande
salto, vez que a estimativa atual do BIRD é do PIB brasileiro crescer 1% em
2015, enquanto projeta para a média mundial 3%. Para 2016, o BIRD estima
incremento de 2,5% do PIB nacional e de 2,7% em 2017. Recuperação nada
brilhante, em razão de que as três taxas (2015 a 2017) são exatamente as
mesmas, no sentido inverso, do período 2011 a 2013. Só que em 2014 aconteceu
crescimento praticamente zero no País, bem como o BIRD acredita que 2018 poderá
ir além de 2,7%. Juntando o desempenho dos dois mandatos, um é estimado de
queda e outro de crescimento, prosseguindo em 8 anos a economia lentamente,
quando nos 8 anos da era Lula (2003 a 2010), a taxa média de incremento do PIB
alcançou 4% anuais. Para o BIRD, ao longo de 2015, os investimentos no País
devem se fortalecer gradualmente, “como resultado do aumento da confiança dos
investidores e do avanço nas exportações, devido à desvalorização do real”.
Sendo otimista com o País, o BIRD poderia traçar um cenário ainda melhor, se
considerasse a queda do preço do barril do petróleo, de junho de 2014 para cá,
de US$100.00 para próximo de US$40.00, já que o Brasil é grande importador daquela
matéria prima. Poderia traçar cenário pior, se a atual equipe econômica não
colocar em prática a sua ortodoxia.
Olhando somente 2015, mesmo com a
redução do PIB praticamente a zero, os economistas do BIRD ainda estão mais
otimistas do quer os brasileiros consultados semanalmente pelo Banco Central,
que estimam crescimento de apenas 0,4% do PIB em 2015. Conforme o relatório
citado, a expansão brasileira este ano só vai ser melhor do que a de dois
países, Argentina e Rússia. Para o primeiro país estima o BIRD que irá encolher
- 0,3%, já o segundo – 2,9%, brava recessão. Neste, o BIRD considerou os
reflexos da queda do preço do petróleo, visto que a Rússia é grande produtor e
exportador. Pelas projeções apresentadas, até a zona do Euro, região que ainda
se ressente dos efeitos da crise iniciada em 2008, deverá crescer um pouco mais
do que o Brasil, expansão projetada de 1,1% neste ano.
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