16/01/2015 - REALISMO TARIFÁRIO É O MÍNIMO
Os erros da alocação dos
subsídios, que não deram certo no primeiro mandato da presidente Dilma, tais
como desonerações da folha de pagamentos de certos segmentos empresariais,
redução de IPI para automóveis, para linha branca de eletrodomésticos, para
materiais de construção, além de congelamento parcial de tarifas de
combustíveis e de energia elétrica, dentre outros, não reanimaram a economia. Insistiu
ainda a presidente Dilma com uma redução de 20% nas tarifas de energia elétrica
em 2012. Também não deu certo. Em 2014, foram devolvidos aproximadamente esses
20%. Agora, neste ano, espera-se 31% de reajuste na conta de luz. Fala-se até
em mais de 40%. Como resultado contrário, o PIB caiu a praticamente zero em
2014 e é esperado resultado igual ou pior em 2015. Isto porque, se o governo
federal previu 3% de elevação do PIB, no início de janeiro de 2014, colhendo
quase zero no final do ano, colocando a culpa na economia internacional, quando
as deficiências estão na debilitada economia doméstica, se agora preveem 0,8%
para 2015, porque sabem do ajuste fiscal a ser feito, o quanto será obtido de
aumento do PIB neste ano?
A resposta é de que depende de
realismo tarifário, maior disciplina das despesas públicas, estabilidade
regulatória, previsibilidades, incentivos à concorrência e elevação da
produtividade. É muita coisa e é crença geral que a direção que tem o ajuste é
a preparação para voltar a crescer, sendo este ano prejudicado. Já começou com
finalizar os subsídios pela redução do IPI, anúncio de cortes de gastos
públicos de R$19 bilhões, para todo o ano, de R$18 bilhões de direitos
trabalhistas, a começar em 60 dias, bem como corte de subsídios e gastos do
setor elétrico, que não serão mais custeados pelo tesouro Nacional, e sim, pelo
consumidor, na forma de aumento da tarifa. Assim, a conta de luz poderá subir
três vezes neste ano. Já subiu neste janeiro, mediante uso de bandeiras
vermelha, verde e azul, sendo as duas primeiras onerosas, no momento em que
estão sendo utilizadas termelétricas a todo vapor, as bandeiras vermelha e
verde estão sendo usadas. Nos próximos dias haverá aumento da conta de luz e
até o final do ano outra elevação. No conjunto, pelo menos, em média de 31% de
reajuste na conta de energia elétrica.
Neste mesmo sentido, são
esperadas outras elevações de preços administrados, parcialmente congelados,
tal como ocorreu com combustíveis. Portanto, crescimento perto de zero ou
recessão econômica.
Comentários
Postar um comentário