28/01/2015 - POBREZA EXTREMA SE ELEVOU




No início do primeiro mandato da presidente Dilma (2011-2014), o lema principal foi “Brasil sem Miséria”, cujas verbas foram ancoradas no Programa Bolsa Família. Até que em 2011, quando o Brasil cresceu 2,7%, a pobreza extrema recuou. Entretanto, a Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (CEPAL), examinado dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), levantamento anual do BNDES, divulgado em 2014, acerca da situação da vida de extrema pobreza dos brasileiros, de 2012 para 2013, demonstrou uma elevação dela de 5,4% para 5,9%. Precisar-se-ia de mais o PNAD 2015, relativo à situação de 2013 para 2014, para concluir sobre o êxito ou o fracasso do referido lema do primeiro mandato. Cumpre registrar que, o PIB se elevou 1% em 2012; 2,5% em 2013; 0,3% (estimativa) em 2014. A média do primeiro mandato foi de 1,585%. Reportando-se a 2005, o número de brasileiros em extrema pobreza era de 10,7%. Logo, nos termos em que hoje se encontra ela, na faixa de 5%, indubitavelmente, existe sucesso brasileiro nos últimos dez anos de combate à miséria. Ademais, observando a CEPAL o mesmo PNAD, a pobreza em geral se reduziu de 18,6% para 18% em 2013. Em 2005, o número de pobres brasileiros era de 36,4%. Sem dúvida, a redução é por êxito do Programa Bolsa Família. Créditos principalmente da era Lula.

O relatório da CEPAL é montado a partir de dados levantados por cada país da região. Embora o estudo cepalino demonstre melhora no indicador de pobreza geral no Brasil, o País continuava sendo aquele com maior desigualdade de renda na região. Explicando a CEPAL, que parte disso decorre justamente da piora do indicador de extrema pobreza.

Nesse momento, em que não encontra defesa para o fato acima relatado, o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) afirmou desconhecer os critérios de análise e formação dos indicadores de pobreza e de extrema pobreza da CEPAL. O MDS, já em procura de defesa prévia, informou que trabalha com os conceitos de pobreza do Banco Mundial e da Organização das Nações Unidas (ONU). Ora, técnicos brasileiros participam de estudos da CEPAL desde os anos de 1940, assim como a CEPAL é órgão da ONU.

 

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