25/01/2015 - MEDIDAS IMPOPULARES
Sem dúvida, a gestão
governamental em todos os níveis terá que realizar medidas impopulares na área
econômica, visando retornar o crescimento econômico e tendência à melhoria na
distribuição de renda. Na verdade, o tamanho dos direitos e dos deveres deve
ser contrabalançado. Há 35 anos que o Partido dos Trabalhadores (PT) foi criado,
fazendo críticas ao desempenho do governo e propondo medidas de avanços na
melhoria da distribuição de renda entre governo, capital e trabalho. Sim, aqui
se colocou governo, visto que ele não é neutro, conforme a teoria econômica
geralmente somente coloca a dicotomia capital versus trabalho. Afinal, o PT
assumiu o governo federal desde 2003 e estará lá pelo menos até 2018, isto representará
16 anos, assim como em Estados e Municípios. Fez crescer o tamanho do governo,
colocando a base aliada na direção de mais de 25 mil cargos federais, distribuídos
em 39 ministérios. Os salários se tornaram elevados como nunca em cargos
públicos, tornando-se objeto de desejos dos concursos públicos dos mais
concorridos. Desde o ano passado ficou a população ficou sabendo que a Petrobras
paga mais de R$100 mil aos seus dirigentes do primeiro escalão. Mesmo assim, o
superfaturamento de suas obras, após denúncias da operação Lava Jato, quando
bilhões de reais foram desviados para as campanhas de políticos do PT, PMDB, PP
estão sendo apurados, mas têm sido práticas piores do que as do mensalão. Outro
exemplo, o Ministro Gilberto Carvalho, que em doze anos dirigiu a Secretaria
Particular da Presidência, teve como último salário cerca de R$26 mil, passando
a ganhar no sistema do SESC, SENAI, dentre outros, em torno de R$45 mil. Mas,
não pretende cortar salários da partidarização do governo, promete combater a corrupção
e cortar gastos públicos em diversas áreas. Aí então é que está sendo obrigado
a cortar onde menos contraria aliados.
A equipe econômica que assumiu
agora em janeiro cortou subsídios do IPI dos automóveis, elevou as tarifas
públicas represadas, calculadas em média de 30%, mudou direitos trabalhistas
adquiridos, tais como apertou a concessão do seguro desemprego e reduziu à
metade a pensão por morte, anunciando cortes de cerca de R$7 bilhões para a
Educação, além de deixar o Banco Central elevar os juros para 12,25% ao ano,
medida de combate à inflação, mas francamente de desestímulo à produção e ao
emprego. Acima estão os ajustes que começaram a serem tomados de medidas
impopulares. Outras virão.
Há poucos meses atrás a presidente
da República conseguiu a reeleição, prometendo que: “não vai haver tarifaço;
não vou aumentar os juros; não mudo direitos trabalhistas; a educação será
prioridade”, dentre outras citações. Porém, a realidade é que precisará de
reajustes econômicos, em franco desagrado com políticos da base aliada. Vê-se
um filme repetido do que o ex-presidente Lula fez em 2003, quando prometeu
muitas coisas e fez o contrário, em busca da governabilidade. A tarefa agora do
segundo governo Dilma ficou mais difícil, visto que a previsão é de três anos à
frente de baixo crescimento.
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