30/01/2015 - JUVENTUDE EM PERIGO
Pesquisa nacional, prospectando
perigo de morte no País entre os jovens, levou a que se divulgassem nesta
semana o Índice de Homicídios na Adolescência (IHA) do Brasil, produzido pela
Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da Presidência da República, ao nível de
ministério nacional, em conjunto com o Fundo das Nações Unidas para a Infância
(UNICEF), Observatório de Favelas e Laboratório de Análise da Violência da
Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Assim, dados de 2012, traduzem que
mais de 42 mil brasileiros, idade entre 12 a 18 anos, poderão ser assassinados
em cidades com mais de 100 mil habitantes, no período de 2013 a 2019. A região
Nordeste tem a maior projeção de incidência, mediante taxa de IHA de 5,97 por
1.000. Alagoas confirma ser o Estado potencialmente mais violento. Seu
indicador é de 8,82 por 1.000. A Bahia está com 8,59. O Ceará possui IHA de
7,74. No outra ponta, no Sudeste, por exemplos, os Estados mais populosos estão
bem melhores. Estado do Rio de Janeiro está na 17ª posição com 2,71. Já, São
Paulo, no 25º lugar com 1,29 por 1.000. Em resumo, a perspectiva governamental
do perigo de morte de jovens, no Brasil, em primeiro lugar está Alagoas; em
segundo, a Bahia; em terceiro, o Ceará.
Os municípios com mais de 200 mil
habitantes com os maiores IHA são: Itabuna – Bahia, com 17,11; Cariacica –
Espírito Santo, com 10,47; Serra – Espírito Santo, com 9,95. A menor taxa ficou
no Sudeste, com 2,25 jovens assassinados em cada 1.000. A região Sul foi a única
região que teve queda, segundo a SDH. A síntese geral é que para cada mil
pessoas com 12 anos completos em 2012, em torno de 3,32 correm o risco de serem
mortas antes de atingirem 19 anos. A taxa nacional de 3,32% representa uma alta
de 17% em relação a 2011, quando o IHA alcançou 2,84. O trabalho aponta que a
possibilidade de jovens negros serem assassinados é de 2,96 vezes maiores do
que a de brancos. Os homens possuem um risco 11,92 vezes superior de serem
mortos em relação às jovens do seco feminino.
A Secretaria de Segurança Pública
da Bahia veio em defesa da cidade de Itabuna, a potencialmente mais perigosa
para jovens, afirmando que o número de Crimes Violentos Letais Intencionais
(CVLIs) caiu no município 23,6%, em 2013, em comparação com o ano anterior,
devido ao combate aos homicídios e ao tráfico de drogas na região, através de
transferência de seis líderes de organizações criminosas do presídio municipais
para presídios federais. A explicação está fora de foco. Somente nova pesquisa
atestará ou não se Itabuna continuará a campeã em situação de juventude em
perigo no Brasil.
Esta foi a quinta publicação do
IHA e sãs projeções foram feitas considerando os censos de 2000, 2010 e os
dados acima referidos da DATASUS de 2012.
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