26/01/2015 - RACIONAMENTO VELADO DE ENERGIA
Mesmo se chover muito nas
próximas semanas, o ano de 2015 será sem água em muitas partes do Brasil,
principalmente nas metrópoles do Sudeste. Respondendo a pergunta de um repórter
na semana passada; “E se não chover o suficiente?” O ministro das Minas e Energia,
Eduardo Braga, respondeu: “Se não chover, o racionamento será inevitável”. O
chamado “apagão”, sem racionamento é de crescimento zero do PIB; com
racionamento, o PIB recuará 1,5%, se houver um corte de 10% no fornecimento
energético. O referido ministro reconheceu que as obras das hidrelétricas estão
muito atrasadas. Ironicamente, bem no meio da sua entrevista citada, faltou
energia elétrica. O governo federal procura esconder, mas está ocorrendo
racionamento velado de energia.
Notícias de ontem da Agência O
Globo, em São Paulo, mediante informações de comitês de bacias hidrográficas e
governos estaduais, cerca de 46 milhões de pessoas serão afetadas pela escassez
de chuvas, tendo de racionar energia elétrica. Até agora isto representa um
terço da população. O fato é que os níveis dos reservatórios de água estão
abaixo do normal e a quantidade de chuvas é menor do que a média histórica.
Não somente o problema ataca o
Sudeste e o Nordeste do País, onde ocorrem racionamento em áreas urbanas,
redução na irrigação de propriedades rurais e cancelamento de navegação. Durante
2014, a seca levou a 1.265 municípios de 13 Estados do Nordeste e do Sudeste decretarem
situação de emergência, conforme o Ministério de integração Nacional.
Atualmente, 936 cidades estão nessa condição. Porém, o número de municípios
deve ser maior, visto que nem todos os prefeitos das citadas regiões, recorrem
de imediato à situação de emergência. Estão mais comprometidas a produção de
alimentos, a agroindústria, a indústria e a saúde.
No racionamento de junho de 2001
a fevereiro de 2002, os investimentos recuaram, o desemprego se elevou. O
quadro de insatisfação foi tão grande que muitos acreditam que o PSDB perdeu as
eleições de 2002, pelos transtornos impostos.
Apagões parciais acontecem em
todo o mundo. Mas, os gerais são difíceis. Por exemplo, na Alemanha um do tipo
de grandes proporções acontece a cada oito anos. No Brasil, de grandes
proporções acontecem todo ano. Somente um geral aconteceu no referido período
2001-2002.
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