06/01/2015 - MISSÃO DO MINISTRO DA FAZENDA
Caberá a Joaquim Levy, que tomou
posse ontem, a liderança da equipe econômica, para por em ordem, pelo menos
cinco pontos: sanear as contas públicas, ampliar investimentos, dinamizar o
consumo, elevar as exportações e inserir mais o Brasil na economia mundial. Não
estão claras as metas ventiladas, mas já algumas pistas na missão dele.
Em primeiro lugar, as contas do
governo. O reequilíbrio das finanças já começou por reconhecer que o corte do
IPI não fez crescer a venda de carros. Assim, o governo quer ampliar sua
receita com a volta do tributo. Ademais, já começou a fazer reajustes das
tarifas públicas. Retomar a privatização de rodovias para recuperá-las, como
ocorreu com a via Dutra, sendo essencial para voltar a crescer. No final do
ano, duas medidas provisórias foram assinadas, para entrar em vigor em 60 dias,
regras menos permissivas para a concessão de benefícios sociais, como seguro
desemprego, pensão por morte, auxílio doença e seguro-pescador.
Em segundo lugar, a retomada das
parcerias público-privadas das citadas rodovias, ferrovias, portos e
aeroportos, tornando-as mais atraentes para a iniciativa privada.
Em terceiro lugar, dinamizar o
consumo. A queda no preço dos aluguéis comerciais, bem como no custo da
construção de galpões, favorecem investimentos de grupos de varejo.
Em quarto lugar, reverter à
situação desfavorável de 2014, quando a balança comercial ficou negativa próxima
de US$4 bilhões, o que não ocorria desde 1998, quando o déficit alcançou US$6,6
bilhões. Por outro lado, a balança referida não encerrava o ano no vermelho
desde 2.000, quando o déficit foi de US$731 milhões. O resultado de agora se
explica pela redução dos preços das matérias primas, tal como o minério de
ferro e o desempenho da conta petróleo. No Ministério do Desenvolvimento foi
colocado um empresário, o senador Armando Monteiro, para junto com Levy,
promover mais estímulos para as exportações.
Em quinto lugar, 2015 será
marcado pela recuperação dos países ricos, contando com cerca de seis meses de petróleo
em queda, preço abaixo de US$60.00, sendo esperado que citados países superem definitivamente as dificuldades que
se iniciaram em 2008.
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