30/07/2014 - GRANDEZAS ECONÔMICAS




A ciência econômica se notabiliza por possuir cinco ramos de conhecimento globais: a história econômica, a teoria microeconômica, a teoria macroeconômica, a teoria do comércio internacional e a política econômica. As quatro primeiras são positivas. Isto é, vistas à luz da ciência. Já a política econômica é normativa. No que concerne ao aqui abordado, as grandezas econômicas, estas são utilizadas pela macroeconomia, mediante fornecimento dos grandes agregados da contabilidade nacional. Os agregados geralmente conhecidos são: (1) Produção Bruta Total (ou Faturamento Total) menos os (2) Insumos (ou Utilização Intermediária) são iguais ao (3) Produto Interno Bruto (PIB ou Utilização Final); (4) Consumo das Famílias; (5) Poupança; (6) Investimento; (7) Tributos; (8) Gastos do Governo; (9) Exportações; (10) Importações. Cada uma dessas enormes contas podem ser desdobradas em vários segmentos.

No Brasil, quem calcula a contabilidade social é o IBGE. O agregado mais importante é o PIB. Seguem-lhe o PIB per capita (ou renda per capita ou renda por habitante) e a População. Assim, o PIB dividido pela população é a renda per capita. Sobre eles são calculadas milhares de relações econômicas e que são acompanhadas pelos estudiosos, pesquisadores e fazedores de política econômica. O PIB é declarado em reais e transformado em dólares da época e assim referido. Em razão da cotação do dólar é possível que as referências possam apresentar diferenças em reais nos livros, bem como a população de cada época da divulgação do IBGE.

No geral, a renda per capita brasileira está em torno de US$11 mil. Considerando uma população brasileira de 200 milhões, o PIB brasileiro de 2013 alcançou US$2,2 bilhões. No mundo, os países pobres tem renda per capita até US$6 mil. Os países de renda média possuem renda per capita entre US$6 mil a US$16 mil, faixa em que se encontra o Brasil, perto do meio do meio. Acima de US$16 mil são países considerados de renda alta.

Voltando aos US$11 mil, ao câmbio de R$2,00 por dólar de janeiro, tem-se R$22 mil, que divididos por 12 meses, obtém o salário médio de R$1.833,33, que, dividido pelo salário mínimo de janeiro de R$724,00, tem-se 2,53 salários mínimos, correspondentes à renda per capita. Por seu turno, o governo considera pobre aquele que recebe entre 1 a 3 salários mínimos, de R$724,00 a R$2.172,00. De classe média, entre 3 a 10 salários mínimos, de R$2.172,00 a R$7.240,00. Abastado ou rico, acima de 10 salários mínimos, ou seja, acima de R$7.240,00. O conceito de miserável é aquele que recebe até R$70,00. E quem recebe entre R$70,00 a R$724,00 é o que? Lembre-se que a ONU considera miserável quem recebe até US$1.25, hoje, ao câmbio médio de R$2,20 seria até R$2,75 ao dia e R$82,50 ao mês.

A propósito de grandes indicadores, o IBGE divulgou ontem que a população de 2014 será de 202,7 milhões, um crescimento de 0,86%. Como o PIB esperado para este ano, já está sendo estimado pelos analistas credenciados pelo Banco Central em 0,7%, conclui-se que a economia está estagnada, mais provavelmente em direção à recessão econômica, visto que, os citados analistas, pela décima terceira vez consecutiva rebaixaram suas previsões do PIB deste ano.

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