08/09/2014 - PROPINOBRAS




A junção do nome propina com Petrobras, Propinobras, é como é chamado mais um grande escândalo dos governos chefiados pelo PT. Desde o início deste ano que a Polícia Federal investiga um esquema de propinas montado pelo doleiro Alberto Youssef, encarregado de distribuí-las e Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, quem cobrava a s faturas, ambos presos, esquema calculado em mais de R$8 bilhões. O ex-diretor da estatal, em troca de delação premiada, isto é, redução da sua pena prisional, estimada em 50 anos, passou a revelar o esquema criminoso que o PT e seus aliados montaram na maior estatal da América Latina, naquele que pode ser o maior escândalo de corrupção da história da República. Dos contratos realizados, cerca de 3%, eram desviados para o caixa dois de campanha no financiamento de políticos da base aliada do governo Dilma. O dinheiro desviado irrigava a conta de três governadores, do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, do Maranhão, Roseana Sarney, de Pernambuco, Eduardo Campos, falecido. Por coincidência, nos três Estados citados estão sendo construídas refinarias. Denunciados também o presidente do Senado, Renan Calheiros, o presidente da Câmara de Deputados, Eduardo Alves, do ministro das Minas e Energia, Edson Lobão, mais 5 senadores e 26 deputados federais. 

No período em que ocupou a diretoria de abastecimento da Petrobras, entre 2004 a 2012, Paulo Costa superfaturou contratos com empreiteiras e fornecedores que prestavam serviços à petroleira nacional. Na sede da Petrobras, ele disse que recebia pedidos diários de políticos e de donos de empreiteiras. De cada contrato, alguns deles bilionários, tal como a Refinaria Abreu e Lima, que custou mais de R$40 bilhões, cerca de 3% eram desviados para diretores da estatal e políticos da chamada base aliada. Portanto, dela foram desviados mais de R$1,2 bilhão. Outra parte desses recursos era enviada ao exterior por meio do doleiro Alberto Youssef. O próprio Paulo Costa mantinha US$23 milhões em conta secreta na Suíça. Outra maneira de repassar o dinheiro desviado da estatal para parlamentares aliados ao governo, era por meio de caixa dois mantido pelas próprias empreiteiras.

Em suma, o que vem sendo chamado de “Mensalão Dois” pela oposição é um escândalo que permeou o governo Lula e explodiu no governo Dilma. Na sexta feira, dia 5 deste, a presidente Dilma e o ministro da Casa Civil, Aloísio Mercadante, convocaram uma reunião emergencial no Palácio do Alvorada. Sabe-se que o encontro se deu em clima de elevadíssima tensão. Há poucas semanas, Paulo Costa falou que se revelasse o que soubesse não haveria eleições. Pelo visto haverão eleições e muita farinha desse esquema ainda irá ser espalhada pelo ventilador.

 

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