06/09/2014 - EDUCAÇÃO PARA INOVAÇÃO




Uma função econômica, educação para inovação, é postulado para incremento de produtividade. A diretora executiva do movimento “Todos pela Educação”, Priscila Cruz, declarou no Fórum “Educação e o mundo do trabalho: o ponto que o Brasil precisa construir”, na capital paulista, no final do ano passado que é preciso todas as crianças na escola, garantindo níveis adequados de conhecimento para todos, visto que os países que têm avançado economicamente, com melhoria na distribuição de renda, qualidade de vida e de forma sustentável. Acrescente-se a sua fala que têm que ter também educação em tempo integral. Na verdade o atual modelo brasileiro não garante aprendizagem, visto que a preocupação governamental não está assim focada, conforme se vê nas palavras do atual ministro da Educação, Henrique Paim, naquele seminário: “Constituímos no Brasil um grande sistema de avaliação e estatística dos mais modernos, com um cadastro atualizado todos os anos. O outro elemento é a avaliação que mede o desempenho dos estudantes desde a escola até os sistemas estaduais e municipais, o que tem que ser reconhecido como ferramenta importante para avançar na educação. O financiamento da gestão é o terceiro fator que permitiu que houvesse um padrão de financiamento para a educação, que faz com que criemos maior equidade entre os Estados brasileiros”. A avaliação é importante, claro. Porém, o modelo implantado é que está errado e que deve ser mudado, consoante resumido acima.

Se não, veja-se. Os países que mais investiram, no ano passado, em Pesquisa e Desenvolvimento (P & D) foram, do primeiro ao quinto, Israel com 4,2% do PIB; Coréia do Sul com 3,6%; Finlândia com 3,5%; Japão com 3,4%; Suécia com 3,4%. O Brasil ficou em 36º lugar com 1,3%, conforme Global R & D Funding Forecast. Já foi pior, em 2004, investiu apenas 0,9%, dado da pesquisa de inovação do IBGE. Na verdade, governo, universidade e empresários deveriam estar mais integrados em projetos inovadores.

Por ocasião do falecimento recente de Antônio Ermírio de Morais, um dos maiores empresários de todos os tempos, José Pastore, laureado professor de economia da USP, assim se referiu: “No meu convívio de 35 anos como amigo de Antônio Ermírio de Morais, tive muitas oportunidades para aprender a me surpreender. Nada, porém, me seduziu mais do que o fato do meu amigo sempre comunicar os planos de expansão de seus negócios aos concorrentes. Logo na primeira vez que vi isto, fiquei intrigado e perguntei a ele: - Antônio, qual é a lógica de você expor o que vai fazer justamente aos seus concorrentes? – Muito simples. Se eles fizerem melhor do que eu, é porque são bons e eu sou ruim. Será um importante sinal para eu e minha equipe melhorarmos... Outra marca que me impressionou o tempo todo: toda a vez que a economia desaquecia ou entrava em recessão, Antônio Ermírio passava a investir em tecnologia. Passada a tormenta, suas empresas estavam atualizadas e prontas para produzir, competir e vencer... Enaltecia sempre a necessidade de o Brasil produzir mais para combater a inflação. Essa era a sua filosofia” (publicado na revista Exame, datada de 03-09-2014, p. 128). 

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