03/09/2014 - FÓRUM ECONÔMICO MUNDIAL
Criado há mais de trinta anos, o
Fórum Econômico Mundial se reúne na terceira semana de janeiro. Em virtude de
já ser tradicional encontro de grandes capitalistas e líderes de governo, os
quais se fixaram em Davos, na Suíça, nos últimos anos como comitê permanente,
produzindo estudos técnicos sobre sustentabilidade, competitividade, cenários
mundiais, dentre outros. É justamente em setembro que divulga o ranking de
competição mundial. Na divulgação de agora, o Brasil perdeu uma posição na
classificação global de competitividade, ocupando a 57ª posição entre 144
nações. O estudo mostra a principal causa da piora à ineficiência do governo
brasileiro, nos quesitos de organização e infraestrutura, tendo melhorado em
educação superior e saúde. Para Carlos Arruda, coordenador do núcleo de
inovação da Fundação Dom Cabral e responsável pelos dados brasileiros, o País
precisa fazer reformas tais como a tributária e a trabalhista. No relativo às
instituições, o Brasil ficou em 94º lugar. Em 2013 se encontrava em 8º.
Entretanto, nas últimas colocações estão itens de gestão, tais como regulações
governamentais, 143; confiança nos políticos, 140; desperdícios do governo,
137; desvios de recursos públicos, 135. As fontes consultadas pelo citado Fórum
foram os empresários.
Citado comitê pretende convidar o
presidente a ser eleito em outubro próximo para participar da reunião de
janeiro, visando confrontar os dados atuais com as propostas de governo. O fato
é que nem mesmo as aprovações no Congresso do Código Florestal, do Marco Civil
da Internet ou da partilha dos royalties do pré-sal foram consideradas reformas
convincentes, visto que são mudanças parciais. Além do mais, referidos
progressos são considerados muito lentos no conjunto dos países globais. É
preciso fazer mais.
O exame do Fórum revelou pioras
na poupança bruta, inflação e dívida pública. A eficiência do mercado de
trabalho perdeu força. Enfim, segundo eles, o País perdeu 17 quesitos no último
ano devido à ausência de reforma trabalhista.
Muito embora o Brasil esteja à
frente dos principais parceiros comerciais da América Latina, como o México
(61º) e Peru (65º), perde para o Chile (33º). No grupo de cinco do BRICS, o
Brasil está em quarto, 57º lugar, à frente somente da Índia, 71º colocado. Nas
melhores posições estão a China, 28º. A Rússia, 53º. A África do Sul, 56º.
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