20/09/2014 - PNAD 2013
O IBGE realiza há décadas,
anualmente, a Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios (PNAD). O IBGE é
muito criterioso na sua divulgação, depois de fazer cálculos de erros mínimos e
extrair ilações do levantamento. O PNAD 2013, divulgado nesta semana, entrevistou
362.555 pessoas em 1.100 municípios, dentre 5.565 deles. A população para uma
estimativa até setembro está prevista em 201,5 milhões. As mulheres são 51,5%. Os
que se declararam brancos foram 46,1%,
já 45% se declararam pardos, 8,1% negros. As pessoas com 40 anos ou mais eram
37,6% da população. Os principais pontos positivos foram: (1) o analfabetismo
caiu de 8,7% para 8,5% da população com mais de 15 anos de idade, contingente
de aproximadamente 13 milhões. A meta do Plano Nacional de Educação é zerar
este número até 2024. (2) a desigualdade
na distribuição de renda, consoante o índice de Gini, cuja variação é de zero a
um, vem caindo desde o Plano Real, em 1994, quando estava acima de 0,6, em 2001
era 0,563, em 2006 era 0,539, em 2012 era 0,496, em 2013 era 0,492. (3) O
abastecimento de água ficou em 86,4% dos consumidores. (4) o esgotamento
sanitário subiu de 58,1% em 2012 para 59,9% em 2013. (5) os lares brasileiros ampliaram
o uso de bens duráveis. Fogão, 98,8%; TV, 97,2%; Telefone fixo, 92,6%; rádio,
75,8%; máquina de lavar, 58,3%; somente celular, 53,1%; computador, 50,1%;
acesso a internet, 50,1%. (6) Aumento do número de crianças na escola, entre 4
e 5 anos de idade, subiu de 78,1% em
2012 para 81,2% em 2013. (7) as pessoas na faixa etária dos 6 aos 14 anos, correspondentes
aos alunos do ensino fundamental, eram 98,4%. (8) o número médio de anos de
estudo do brasileiro teve ligeira alta, de 7,5 anos em 2012, para 7,7 em 2013.
(9) o trabalho infantil caiu significativamente em 12,3%. Os principais pontos
negativos foram; (1) o desemprego voltar a subir depois de quatro anos. Pontos
de realce da queda do desemprego de 9,7% da população economicamente ativa em
2003, reduzindo-se para 8,4% em 2006, para 6,1% em 2012, subindo para 6,5% em
2013. (2) a participação dos alunos no ensino médio caiu para 84,% da amostra e
para 30,1% no grupo que tem entre 18 a 24 anos de idade, que, teoricamente,
deveriam estar na universidade. Para o coordenador do centro de pesquisas do
Insper, de São Paulo, ouvido pela grande imprensa: “”Houve um aumento grande
nos indicadores de educação nos anos de 1990 e 2000, mas nos últimos cinco anos
tem havido uma desaceleração no ritmo de crescimento”. (3) as desigualdades
regionais do desemprego revelam que
a taxa do Nordeste é de 8%; do Norte, 7,3%; do Sudeste, 6,6%; do Sul, 4%.
O leitor provavelmente verá que
neste artigo diário de uma página, desde 01-01-2007, sem interrupção, são
destacados muito mais pontos positivos do que negativos (três vezes mais), ao
contrário da maioria das críticas diárias. De um lado, o autor sempre
reconheceu que o Brasil deixou de ser um país pobre a partir de 1994, com o
advento do Plano Real, para tornar-se um país emergente. Porém, a sua imersão é
de forma muito aquém do que seria preciso, para nas próximas décadas um Brasil
ser um país avançado.
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