05/09/2014 - ANALFABETISMO FUNCIONAL
Dados oficiais do
Ministério da Educação acerca do analfabetismo brasileiro revela que há cerca
de 8% da população iletrada. Seriam 16 milhões com base em 2013. Claro, este
dado progrediu bastante no tempo, haja vista que a um século atrás mais de 90%
dos brasileiros se enquadravam nesta situação. Porém, sempre o maior problema
brasileiro foi e é o analfabetismo funcional. Isto é, aquelas pessoas que
aprenderam a escrever o nome e de que são incapazes de ler e de interpretar uma
lauda. O pesquisador sobre educação, que escreve quinzenalmente na revista
Veja, doutor em economia, Gustavo Iochpe, examinando estatísticas do MEC,
calculou que 60% da população se enquadram nessa dinâmica funcional. Ou seja,
120 milhões de cidadãos com enormes dificuldades de entender a situação do País
perante o mundo e como poderia progredir. O que vale dizer que tais cidadãos têm
grandes dificuldades de contribuir para a tão almejada qualidade da mão de
obra, para que o Brasil deixe décadas de atraso da sua produtividade, em
relação aos grandes países emergentes. Outro aspecto do atraso educacional pode
ser avaliado justamente quando se observa resultado da pesquisa recente do
Instituto Paulo Montenegro mais a ONG Ação Educativa, de que 38% dos
universitários brasileiros são analfabetos funcionais. O contingente universitário
é de aproximadamente 7 milhões. Logo, seriam 2,660 milhões de universitários
que, teoricamente, nem deveriam estar no nível educacional superior.
Pesquisa feita
pelo Instituto Data Popular com 3.500 jovens brasileiros, de 18 a 33 anos, cujos
principais resultados foram revelados pela revista Isto é, datada de
03-09-2014, grupo tido como o mais informado do que seus pais, embora a
pesquisa não questionasse em que votariam, mais de 50% deles se encontram entre
os eleitores indecisos ou que pretendem anular o voto em outubro próximo, para
presidente e para o Congresso Nacional. O contingente de votantes atuais é de
140 milhões de brasileiros. Ou seja, mais de 20 milhões daqueles que seriam
analfabetos funcionais. Já o contingente de jovens em referência é de mais de
45 milhões, 33% do eleitorado brasileiro.
As principais
conclusões da referida pesquisa são: 63% acreditam que o Brasil não está no
rumo certo; 59% acreditam que o País estaria melhor se não tivesse nenhum
partido político; 40% admitiram entender de política; 40% também creem que
ascenderam de classe social desde a infância; 72% acreditam que sua vida
melhorou; 85% avaliam que só é possível progredir na vida com muito trabalho;
54% pertencem à classe média, 25% são pobres e 21% pertencem à classe alta; 80%
carregam no bolso um aparelho celular; 70% declararam que estudaram mais do que
os pais; 65% deles trabalham.
Em suma, a
educação brasileira tem progredido lentamente. Porém, conforme revelou a
pesquisa citada, os jovens brasileiros, que representam um terço do eleitorado,
são mais informados que seus pais, influenciam no voto da família e podem
decidir a eleição vindoura.
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