21/09/2014 - CORREÇÃO DO IBGE
O IBGE divulgou dia 19 deste mês
errado o índice de Gini de 2013 de 0,498, em contraste com 0,496 de 2012. O
dado indicava elevação na concentração de renda dos brasileiros. No dia
seguinte, o IBGE retificou o indicador de 2013 para 0,495, afirmando que o
indicador estaria estagnado
pelos dados do PNAD 2013. O cálculo errado ocorreu porque a Coordenação de
População enviou projeções incorretas de alguns Estados, onde existem mais de
uma região metropolitana. A PNAD divulgou resultados de nove regiões, a saber:
Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo,
Curitiba e Porto Alegre.
O IBGE aproveitou também o ensejo
para alterar estimativa da renda do trabalho, cuja média teria uma alta menor,
de 3,8%. A renda média foi reestimada de R$1.681,000 para R$1.651,00. A taxa de desemprego foi confirmada de 6,5%,
em 2013, acima dos 6,1% de 2012.
No geral, o PNAD mostrou uma
melhoria dos brasileiros como um todo. Mas, existe um retrocesso na elevação
das desigualdades regionais.
Erros de pesquisa nacional colocam
em cheque a fragilidade do tratamento estatístico. O próprio presidente do IBGE
declarou que “seria surrealista você divulgar um dado para depois corrigi-lo
sobre pressão”. Mas, a Casa Civil da Presidência criou uma comissão para
investigar o caso, preocupada com o fato da instituição não cair em descrédito.
Em abril, o Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (IPEA) divulgou pesquisa obre a violência feminina,
informando que a maioria dos entrevistados considerava que “mulheres que usam
roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas”. Na semana seguinte o IPEA
revelou que errou. O sentido era o inverso.
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