29/09/2014 - DESPERDÍCIOS E LOGÍSTICA




A coleta seletiva de lixo é realizada em 927 dos 5.565 municípios brasileiros. Pouco, menos de 17% deles.  Apesar de mais cara, a coleta seletiva contribui para a redução de gastos com aterramento de resíduos. Aumentam a vida útil dos aterros sanitários. Quando separado do lixo reciclável, o lixo orgânico pode ser adubo. Recicláveis: papel, papelão, 30%; plásticos, 24%; vidros, 9%; metais ferrosos, 4%; alumínio, 1%. Assim, no mínimo, cerca de 70% do lixo pode ser aproveitados (recicláveis e adubos). No Estado da Bahia, somente a rica cidade de Luís Eduardo Magalhães, a 940 quilômetros de Salvador existe a coleta seletiva solidária. No ano que vem a referida capital ingressará no aludido sistema.

Na indústria da construção civil a perda é calculada em 30%. Semelhantemente, nos transportes das estradas, perdem-se mais de 30% de grãos. Segundo a Fundação Dom Cabral, mediante pesquisa com 111 empresas, os gastos com logística brasileira correspondem a 11% dos custos totais, contra 10% na China e 8,5% nos Estados Unidos. No segmento de papel e celulose o custo logístico é superior a 28% do custo total. Na indústria da construção civil é superior a 21%. Na pesquisa anterior, citado custo logístico já foi maior, de 13% do total. Em decorrência disto, o International Institute for Management Development, em conjunto com a Fundação Dom Cabral, dentre 60 países, o Brasil está em 57º lugar em competitividade.

Consoante a pesquisa acima citada, um dos fatores que explicam o elevado custo logístico é o uso predominante de transportes rodoviários por 82% das entrevistadas. As sugestões então das empresas é de que devem ser melhoradas as estradas, expandida a malha ferroviária, hidroviária. Enfim, ampliar o transporte intermodal.

Somado o custo logístico com a alta tributação existente no País, as empresas brasileiras têm enormes dificuldades de concorrência nacional e internacional.

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