31/08/2012 - ENIGMA BRASILEIRO
A economia brasileira tem, desde o final do governo de Lula (2010), taxa de desemprego por volta de 6% da população economicamente ativa (PEA). Em 2010, cresceu 7,5%. Em 2011, somente 2,7%. Em 2012, a previsão é de taxa ainda menor do que 2% ou por volta dela. Mesmo assim o desemprego está estável. Existem razões para esse enigma. A política econômica ortodoxa de dez anos se esgotou. Isto é, o salário mínimo priorizado, tendo ganhos reais desde o Plano Real, os ganhos das exportações pela elevação dos preços das commodities, a estabilidade da baixa taxa de inflação, por volta de uma média de 5% anuais, conduziram o País a ter uma classe média saindo de 36% em 1994, para 52% em 2011, elevando o consumo para 60%do PIB, ficando agora engasgado e se exigem as reformas estruturais. Ademais, cabe reconhecer que o Brasil foi afetado pela crise mundial praticamente na mesma intensidade que de outras economias mundiais de grande porte.
Mais uma, dentre dez respostas brasileiras se verificou, há dois dias, o governo federal insistindo há mais de um ano, com medidas de incremento ao consumo, prevendo uma renúncia fiscal de mais R$5,5 bilhões, ao prorrogar a redução de IPI até 31 de outubro, para automóveis leves, bem como a renovação do incentivo de baixo IPI para os eletrodomésticos da linha branca, móveis, painéis, laminados e luminárias, até 31-12-2012. Além disso, o BNDES reduziu a taxa de juros da compra de caminhões, máquinas e equipamentos, pelo financiamento da FINAME, para 2,5% ao ano, extremamente subsidiada. Além disso, o BNDES também reduziu o financiamento para exportação de bens de capital, para 8% anuais.
A questão de ordem é focar para 2013 e 2014 com ações mais estruturantes, relativas os investimentos infra-estruturais púbicos e privados. Se a economia continuar patinando, a reeleição de Dilma ou a volta de Lula estará com acentuado ponto fraco.
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