04/09/2012 - RECORDE DE VENDA DE CARROS



Em maio deste ano os estoques estavam abarrotados de veículos nas montadoras. De janeiro a maio as vendas caiam 4%, em comparativo com igual período do ano passado. O governo federal reduziu o IPI e as vendas se ampliaram, conforme era de esperar-se, afirmou a FENABRAVE. O incentivo fiscal iria permanecer até 31 de agosto e a equipe econômica somente nos últimos dias anunciou mais dois meses de estímulos fiscais. Aconteceu uma corrida nos últimos dias. Os emplacamentos de carros e comerciais leves atingiram 405 mil unidades, um crescimento de 31,5% em relação ao mesmo mês de 2011. Na comparação com julho, a alta foi de 15,3%. A maior marca já verificada se deu com as vendas de 361,2 mil em dezembro de 2010. O resultado acumulado até agosto, de 2,389 milhões. É um crescimento líquido de 7%, de janeiro a agosto deste ano em relação ao ano de 2011. A expectativa é de desaceleração das vendas neste setembro, mas com retomada em outubro, último mês do incentivo. No entanto, já faltam veículos nas concessionárias, alguns modelos têm filas de espera de mais de 30 dias. Em suma, enquanto existirem os incentivos, as vendas serão aquecidas. A Fiat manteve a primeira posição em negócios, seguida pela Volks, GM e Ford.
A Consultoria IHS Automotive pesquisou preços de mercado de automóveis nos Estados Unidos, Japão, Argentina, França e Brasil. A diferença média dos preços dos nacionais, em relação aos demais países pesquisados, é de 106%. Sem dúvida que a indústria automobilística é muito importante na geração de empregos, que alcança de um emprego direto, gerando até dez indiretos. Agora, os tributos brasileiros estão na média de 50% do preço do veículo. Não chega à metade dos referidos 106%. Portanto, os custos no País são mais altos do que naqueles países e os lucros também.
A questão de tantas vendas de automóveis não tem sido acompanhada pela mobilidade urbana das capitais. Como resultados as urbes estão quase sempre engarrafadas, trazendo grande desgaste humano. O Ministério das Cidades está apreciando mais de R$23 bilhões de projetos para 23 capitais, de Veículo Leve sobre Trilhos ou assemelhado, mas caminha muito devagar, até porque depende do caixa do Tesouro.

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